15 de dezembro de 2012


Investigadores buscam respostas sobre massacre em escola nos EUA

Atirador mata 26 pessoas em escola de Connecticut, incluindo 20 crianças. Policiais esperam obter mais informações na manhã deste sábado

iG São Paulo 
AP
Mulher é consolada depois de ataque à Escola Elementar de Sandy Hook Elementary School em Newtown, Connecticut
O massacre de 26 pessoas entre crianças e adultos ocorrido nesta sexta-feira (14) em uma escola em Connecticut (EUA) chocou o mundo e levantou questões básicas sobre o motivo que teria levado o rapaz de 20 anos, descrito como brilhante, mas introspectivo, a cometer o crime. 

A polícia disse esperar obter mais informações na manhã deste sábado, incluindo a confirmação da identidade das vítimas. Mais de 12 horas após o massacre, a polícia começou a remover os corpos da escola e a chamar os pais para identificação, informou a NBC News.
Os investigadores estão tentando conseguir mais informações sobre o atirador, Adam Lanza, e interrogaram seu irmão mais velho, Ryan Lanza, de 24 anos. Mas um oficial disse não acreditar que Ryan tenha qualquer envolvimento com o massacre, pois os dois irmãos não faziam contato desde 2010. Os investigadores agora procuram informações em computadores e telefones.
Perfil: Suposto atirador da escola nos EUA tinha 20 anos 
Choro: ' Nossos corações estão partidos', diz Obama sobre massacre em escola 

O porta-voz da polícia estadual, tenente Paul Vance, confirmou que o atirador matou 18 crianças dentro da escola primária de Sandy Hook, em Newton, de 27.000 habitantes, 128 km ao nordeste de Nova York, enquanto duas morreram em um hospital.
Também morreram seis adultos e o agressor. As autoridades ainda não esclareceram e o atirador cometeu suicídio ou foi morto em uma ação policial. A polícia afirmou que um adulto foi encontrado morto em outro local da cidade. Muitos veículos de imprensa afirmam que pode ser a mãe do atirador, Nancy Lanza. De acordo com a rede CNN, as armas usadas no massacre teriam sido compradas por Nancy Lanza. 

O incidente foi o segundo mais grave nos recorrentes tiroteios registrados em centros educacionais dos Estados Unidos. O governador do estado, Dan Malloy, afirmou que "o mal visitou hoje esta comunidade". A escola de Sandy Hook tem 600 alunos com idades entre cinco e 12 anos.

3 de outubro de 2012

Descartada realização de assembleia de garimpeiros

Descartada realização de assembleia de garimpeiros


Nota de Esclarecimento
Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada
Descartada realização de assembleia de garimpeiros
Em virtude de notícias divulgadas por um site de uma entidade que não representa os legítimos garimpeiros, a Coomigasp vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:
1)    Não há motivo concreto e estatutário para a convocação de uma Assembleia Geral da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada dia 14 de outubro, conforme um grupo minoritário vem divulgando.
2)    Após o afastamento do ex-presidente Gessé Simão, a nova diretoria da Cooperativa vem cumprindo rigorosamente as determinações exigidas pelo Ministério Público Estadual do Pará e a parceria entre a Coomigasp e a Colossus continua firme e forte e com a certeza de que a mina começará a produzir a partir de meados de 2013, para o bem de todos os garimpeiros associados.
3)    Representantes de um pequeno grupo contrário à parceria com a Colossus, protocolaram  recentemente na sede da Coomigasp, em Curionópolis (PA), um documento solicitando “a conferência no prazo de dez dias úteis, do abaixo-assinado, contendo a assinatura de 5.541 sócios, com o objetivo de convocar Assembleia Geral Extraordinária, com a finalidade de examinar a postura do presidente e seus diretores, bem como deliberar sobre a destituição desta diretoria, tendo em vista acusações de desfalque e desmandos nas contas da entidade”.
4)    A convocação não tem sentido porque não tem motivo concreto e os argumentos são inverídicos. Não há prova de que a atual diretoria desviou recursos. As denúncias do Ministério Público foram contra o ex-presidente, que já foi devidamente afastado e responderá pelos seus atos. Estas pessoas acusam sem prova e apenas querem tumultuar o processo legal que vem sendo desenvolvido na Coomigasp.
5)    De acordo com o Artigo 33º do  Estatuto Social da Coomigasp, “A Assembleia Geral será convocada pelo Presidente da Sociedade, ou pela maioria dos membros do Conselho de Administração, pelo Conselho Fiscal ou por 1/5 (um quinto) dos associados, em pleno gozo de seus direitos sociais, por motivos graves e urgentes que impossibilitem o cumprimento dos objetivos sociais.
6)    Portanto, os argumentos do grupo de oposição à atual diretoria não se enquadra no Estatuto Social da Coomigasp e não tem argumento jurídico para tal solicitação.
7)     A Coomigasp convocará uma Assembleia Geral para uma data a ser definida, no período de janeiro a março de 2013, para tratar, entre outros assuntos, da escolha e eleição do novo Conselho Fiscal. Na ocasião, será convocada uma Assembleia Extraordinária para votar pelo fim da criação de uma “holding” representativa dos garimpeiros.
8)    Por último a Coomigasp esclarece que não há proibição da entrada de garimpeiros ao projeto da nova mina, desde que devidamente agendado e autorizado pela empresa Colossus.
9)    A Cooperativa esclarece ainda que NÃO FOI ENCONTRADA NENHUMA “PEDRA DE OURO GIGANTE” NO TÚNEL DA MINA, ATÉ PORQUE NÃO FOI ATINGIDA AINDA A ÁREA MINERALIZADA. ISSO QUE VEM SENDO DIVULGADO É MENTIRA PARA CONFUNDIR A CABEÇA DO GARIMPEIRO, QUE NÃO DEVERÁ IR A SERRA PELADA DIA 14 DE OUTUBRO PORQUE NÃO HAVERÁ NENHUMA ASSEMBLEIA DE GARIMPEIROS.
10) Nenhum dirigente da Coomigasp chamou de “vagabundo” qualquer garimpeiro. Isso é invenção de quem quer apenas tumultuar o processo, mesmo não fazendo parte dos quadros da Cooperativa e de nunca ter sido garimpeiro.
Curionópolis-PA, 02 de Outubro de 2012.

Valder Falcão
Presidente da Coomigasp



por Ascom Coomigasp

27 de setembro de 2012

Toni Duarte passou a fazer oposição à Coomigasp depois que sua mesada foi cortada

O assessor do Senado, Toni Duarte, que nunca foi garimpeiro em sua vida, mas criou uma entidade garimpeira chamada Agasp-Brasil, sempre mamou nas tetas da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada e da Colossus, a empresa canadense que desenvolve o projeto de mineração mecanizada na área do antigo garimpo no sudeste do Pará. Há informação de que ele recebia R$ 15 mil por mês da Coomigasp e R$ 30 mil mensais da Colossus. A partir do momento em que não conseguiu mandar na Coomigasp, via representante que ele emplacou no Conselho Fiscal, Toni Duarte ficou raivoso e passou a criticar o então presidente Gessé Simão, hoje afastado por determinação judicial acusado de desvio de recursos dos garimpeiros. Mas quando a teta secou, ou seja, os recursos que eram repassados para ele foram cortados, Toni Duarte ficou mais raivoso ainda e passou a bater pesado e chamar a atual diretoria de “corrupta” e “safada”. Ora, quando ele ajudou eleger, participando inclusive das prés-assembleias e pedindo voto para o Gessé, a diretoria era honesta. Depois que sua mesada foi cortada, a diretoria passa ser corrupta? Que é isso Toni?
Confira trechos de notícias publicadas ao longo do ano passado em jornais e sites do Maranhão, Tocantins, Pará e Piauí, sobre o apoio de Toni Duarte a Gessé Simão.
“O site da Agasp-Brasil destaca hoje, 22 de setembro, que a reunião realizada sábado em Curionópolis fortaleceu o nome de Gessé Simão à reeleição da presidência da Coomigasp. Confira a matéria:
A reunião ocorrida no ultimo dia 17 em Curionópolis não serviu apenas para dirimir duvidas de uma comissão de deputados ligados a Alepa em relação do projeto de implantação da nova mina de Serra pelada. Serviu também como ponto de  partida da união das  forças garimpeiras em torno da reeleição de Gessé Simão de Melo  ao comando da Coomigasp em eleições que ocorrerão  em fevereiro do próximo ano. Dirigentes de todas as entidades,  alem de delegados e representantes, tomaram a decisão de marcharem unidos em torno de uma chapa única encabeçada por Gessé.
Todos os itens da pauta que serão levados para a apreciação das pré-assembléias precisarão ser aprovados novamente pelas assembléias gerais ordinária e extraordinária que ocorrerão  em fevereiro. Nelas serão aprovadas as propostas para em seguida eleger o novo corpo diretivo da cooperativa. Na grande caminhada da “União Garimpeira” estarão lideres históricos como Valder Falcão, Nilbert Santos, delegados e representantes. Nilbert e Valder, antes  chegaram a anunciar as suas candidaturas. (…) A Agasp Brasil que vinha defendendo um novo modelo de gestão para a Coomigasp como forma de prepará-la para esse novo cenário de desenvolvimento foi ouvida. “Não há  motivo para nos separar. Vamos caminhar todos juntos na mesma estrada para reeleger Gessé”, disse o dirigente da Agasp Brasil, Toni Duarte.
O presidente da Agasp-Brasil, Toni Duarte, afirmou que o resultado democrático da eleição da nova diretoria da Coomigasp comprava que houve uma administração com transparência e honestidade, além da união das demais cooperativas e o apoio do ministro Edson Lobão em prol do projeto da Nova Mina de Serra Pelada.
        O novo presidente do Conselho Fiscal, Nilbert Santos, disse que o processo eleitoral foi legítimo e democrático, quando todos tiveram oportunidade de concorrer e se apresentar como candidato. Ele elogiou o trabalho da diretoria anterior, e avalia que a Coomigasp passa a viver uma nova era e que sua missão e dos demais membros da diretoria é atuar de forma firme, transparente e com muita dedicação em benefício de todos os garimpeiros”.
Outra notícia divulgada Gessé Simão diz que Toni Duarte recebia R$ 35 mil da Coomigasp:  “Agora, que a mina está próximo de funcionar, com ordem e organização, eles não se conformam e querem tumultuar. Quero ver eles enfrentarem 38 mil”, desafia. Simão acusa Duarte de tentar extorqui-lo, exigindo R$ 5 milhões de propina para não criar problemas, apesar de receber um salário mensal de R$ 35 mil da entidade. Duarte foi procurado para responder às acusações, mas não atendeu as ligações feitas para o celular dele.
Fonte: Blog do Zé Dudu – Garimpeiros insatisfeitos com o afastamento de Gessé Simão ameaçam invadir Serra Pelada – 26/06/12 -Escrito por Zé Dudu em COOMIGASP).
Toni Duarte elogiou o processo democrático que elegeu Gessé Simão e a atual diretoria.
“O presidente da Agasp-Brasil, Toni Duarte, afirmou que o resultado democrático da eleição da nova diretoria da Coomigasp “comprava que houve uma administração com transparência e honestidade, além da união das demais cooperativas e o implacável apoio do ministro Edson Lobão em prol do projeto da Nova Mina de Serra Pelada”.
O novo presidente do Conselho Fiscal, Nilbert Santos, disse que o processo eleitoral foi legítimo e democrático, quando todos tiveram oportunidade de concorrer e se apresentar como candidato. Ele elogiou o trabalho da diretoria anterior, mas ressaltou que “a Coomigasp passa a viver uma nova era e que sua missão e dos demais membros da diretoria é atuar de forma firme, transparente e com muita dedicação em benefício de todos os garimpeiros”.
Toni Defendeu Gessé o tempo todo
Toni Duarte defendeu Gessé Simão o tempo todo, conforme podemos ver em outra notícia divulgada pela imprensa:
“O presidente da Agasp-Brasil, Toni Duarte, reafirmou que Gessé hoje “é o nome mais indicado para presidir a cooperativa e é por isso que ele conta com o apoio de todas as entidades representativas da família garimpeira”. Toni informou que o projeto que trata da aposentadoria dos garimpeiros está parado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara por culpa exclusiva de alguns deputados que se diziam parceiros dos garimpeiros.
Nas reuniões, o presidente da Agasp-Brasil, Toni Duarte, destaca a importância das entidades garimpeiras em apoio ao nome de Gessé Simão à presidência da Coomigasp e informa detalhes sobre o andamento do projeto que trata da aposentadoria de garimpeiros, em tramitação na Câmara dos Deputados”.
25%
Toni Duarte participou de todas as reuniões da Coomigasp com a Colossus, inclusive a que reduziu de 49% para 25% o percentual a que os garimpeiros passariam a ter direito na parceria com a empresa canadense. Por que à época ele não lutou contra?
Assembleia só em março
Agora, após perder a mesada mensal da Colossus e da Coomigasp, Toni Duarte faz uma guerra em seu fraco site, dizendo que um grupo conseguiu convocar uma assembleia geral para o dia 14 de outubro para destituir a atual diretoria que ele alega ser corrupta mas sem provas, levando em consideração que nenhum dos membros atuais constam como réus no processo que afastou Gesse da Presidência da entidade. Sendo assim, não existe mínima possibilidade da realização desta tal assembleia, conforme matéria explicativa divulgada no site da Coomigasp. Assembleia real mesmo só no primeiro semestre de 2013, quando o presidente Valder Falcão, fará a convocação na data certa para discussão de uma pauta definida concretamente, incluindo a aprovação de contas do ano de 2012.
Portanto, amigos garimpeiros, o que Toni Duarte faz é apenas um desabafo nervoso de alguém que deixou de mamar nas tetas da Coomigasp e da Colossus.
por Ascom Coomigasp/Freddigasp

26 de setembro de 2012

Jogos de guerra (EUA x Irã)
Como terminaria?
Nesta sua última visita a Nova York (só aparece na cidade por ter o direito de falar na assembleia-geral da ONU), Mahmoud Ahmadinejad nega que seu país tenha propósitos militares com seu programa nuclear. Mas este é o mesmo infame personagem que nega que Israel tenha raízes históricas no Oriente Médio. Inegável é a falta de crédito do presidente iraniano. Ahmadinejad termina seu segundo e último mandato em junho próximo. Depois do seu discurso na assembleia-geral nesta quarta-feira, ele nunca mais negará a realidade em Nova York. Ahmadinejad,  persona non grata.
Já no seu discurso de terça-feira, que os republicanos esperam que tenha sido o último na assembleia-geral da ONU, o presidente Barack Obama, em campanha de reeleição, reafirmou que não existe um tempo ilimitado para a diplomacia e reafirmou seu compromisso para impedir que o Irã adquira a bomba nuclear.
Nos tempos de EUA x URSS
Em Nova York, portanto, exercícios retóricos. Já em Washington, tivemos outro tipo de exercício, também envolvendo o programa nuclear iraniano. Um dos mais influentes centros de estudos do mundo (Brookings Institution) brincou de jogos de guerra. Nada de armas de verdade, mas os times atuaram como tomadores de decisão em Washington e Teerã (mas não em Jerusalém). E os resultados não foram promissores (pelo menos na visão daqueles que não querem um conflito militar.
Neste jogo de guerra, estamos em julho de 2013. As premissas são: Israel não lançou um ataque unilateral, as negociações multilaterais estão empacadas, Barack Obama está no seu segundo mandato e o Irã, que prosseguiu com seu programa de enriquecimento de urânio, está prestes a ter combustível para duas bombas (questão de quatro meses).
O cenário incluí ataques cibernéticos e o assassinato de cientistas nucleares iranianos. A partir daí, uma escalada. São possíveis movimentações para dúzias de direções, algumas totalmente pacíficas, outras inteiramente belicosas e ainda algumas mesclando as coisas. As partes estimam que escolheram opções limitadas e que não irão fugir ao controle. E como na guerra real, há um jogo de percepção entre atores e de leitura errada dos sinais.
Uma ação terrorista iraniana é praticada em um hotel de Aruba, com efeitos mais devastadores do que projetara, com a morte de muitos americanos. Os EUA decidem retaliar com um ataque contra uma remota instalação da Guarda Revolucionária iraniana, na expectativa de que o regime de Teerã entenda que se trata de uma resposta mínima de Washington.
A ideia é a de que os iranianos absorvam que se trata do mínimo aceitável pela opinião pública americana. Mas os iranianos concluem no war game que Washington está cruzando a chamada linha vermelha. E o time de Teerã decide fechar o estreito de Hormuz, estratégico para o comércio petrolífero. Esta é uma resposta inaceitável para o time americano e temos uma nova escalada de tensões.
No final do jogo, os americanos estão para lançar uma maciça operação militar contra o Irã. A dúvida é sobre o alcance: arrasar o aparato de defesa convencional ou isto e também fulminar o programa nuclear. Do lado iraniano, a decisão é reagir com uma espécie de martírio: lutar para sempre.
Kenneth Pollack, um dos mais conhecidos analistas militares e de questões iranianas nos EUA (trabalhou na CIA e no Conselho de Segurança Nacional  e agora está no Brookings) foi o mediador, ou “facilitador” deste jogo de guerra. Ele diz que o war game, como tantos outros, comprova o papel de cálculo equivocados e que pequenos erros podem resultar rapidamente em grandes conflitos.
Este jogo de guerra termina com os primeiros grandes lances militares americanos. E não sabemos, como ocorre também no mundo real, o que pode acontecer na sequência. Este é a questão crucial em uma guerra com o Irã: como ela terminaria?
Fonte revista VEJA

Revisor do mensalão conclui hoje voto sobre políticos acusados de corrupção

Ricardo Lewandowski deve apresentar decisões mais amenas que a do relator Joaquim Barbosa. Até agora, revisor absolveu Antônio Lamas, Pedro Henry e Breno Fischberg

Agência Brasil |
O julgamento da Ação Penal 470, processo conhecido como mensalão , terá mais uma etapa concluída nesta quarta-feira (25) no Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte abre o vigésimo oitavo dia de julgamento com o fim do voto do revisor, Ricardo Lewandowski, sobre as acusações de corrupção passiva de políticos da base aliada ao governo entre 2003 e 2004.
Novo ministro:  Suspensa, sabatina de Zavascki será concluída somente após eleição
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Desde o início do julgamento, Lewandowski vem apresentando votos mais amenos que o do relator Joaquim Barbosa, e os demais ministros têm formado maioria com uma média entre os dois pontos de vista. No Capítulo 6, que trata de corrupção passiva entre os partidos da base aliada, Barbosa condenou 12 dos 13 réus ligados ao PP, PL (atual PR), PTB e PMDB. Ele absolveu apenas o ex-assessor do PL Antônio Lamas.
Até agora, Lewandowski analisou a situação de nove réus ligados ao PP e ao PL, que respondem por 23 acusações no total, divididas entre corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Enquanto Barbosa concordou com 21 acusações em relação aos dois partidos, Lewandowski aderiu a apenas 13 imputações feitas pelo Ministério Público Federal (MPF).
Além de Lamas, o revisor também absolveu o deputado federal Pedro Henry (PP-MT) e um dos sócios da corrtora Bônus Banval, Breno Fischberg, de todos os crimes. O ministro também discordou da maioria das acusações de lavagem de dinheiro, entendendo que a ocultação de recebimento por meio de terceiros faz parte do próprio ato de corrupção. Dos nove réus que tiveram conduta analisada pelo ministro até agora, seis foram absolvidos do crime de branqueamento de capitais.
Corrupção: Revisor condena Valdemar Costa Neto e mais dois réus do PL 
O julgamento será retomado à tarde com o voto do revisor sobre os réus ligados ao PTB e ao PMDB. Ontem (25), em entrevista ao chegar ao STF, Lewandowski disse que ainda não sabe se entrará no mérito sobre o motivo que levou os parlamentares a se corromperem. “É o que veremos no próximo capítulo. Vou estudar, meus votos estão em constante elaboração. No momento apropriado, eu vou apresentar”.
Para o MPF, houve compra de apoio político, mas, nas únicas manifestações sobre o assunto, Lewandowski disse que os pagamentos eram fruto de acordos sobre dívidas de campanha.
Depois de Lewandowski, votam, na ordem, os ministros Rosa Weber, Luiz Fux, Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto. O julgamento da segunda etapa do Capítulo 6, que trata dos crimes de corrupção ativa, só deve ser iniciada na próxima segunda-feira (1º). Nessa parte, figuram os réus ligados a Marcos Valério e ao PT.

10 de setembro de 2012

 Polícia acha seis corpos de jovens mortos a tiros próximo da via Dutra

Comandante de batalhão da PM afirmou que os corpos são de rapazes entre 16 e 19 anos que estavam desaparecidos desde o último sábado quando foram a uma cachoeira na comunidade da Chatuba, em Mesquita

A Polícia Militar do Rio de Janeiro achou na manhã desta segunda-feira (10) os corpos de seis jovens mortos a tiros em uma rua que dá acesso à avenida Presidente Dutra, no bairro de Jacutinga, no município de Mesquita, na Baixada Fluminense.
O comandante do batalhão do município (20º BPM), tenente-coronel Marcos Borges, afirmou ao iGque os corpos são de seis rapazes, entre 16 e 19 anos, que estavam desaparecidos desde o último sábado (8) quando foram a uma cachoeira na comunidade da Chatuba, em Mesquita. Segundo o oficial, os pais dos jovens reconheceram os corpos. 
Uma testemunha disse ao telejornal RJTV da TV Globo que o pai de um dos rapazes chegou a ligar para o filho. Segundo essa pessoa, um homem atendeu e teria dito que era para ele fazer outro filho.
Segundo a PM, as vítimas estavam sem roupa e algumas delas amarradas. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.
É a segunda chacina na Baixada nos últimos dois dias. Ontem (9), quatro pessoas foram achadas mortas em uma casa, em Japeri.

23 de julho de 2012

Não queremos 'demonizar' operadoras, diz ministro

Paulo Bernardo diz que não vai interferir na proibição de venda de chips, mas declarou ser possível que as empresas entreguem planos de investimentos satisfatórios em até 15 dias

Agência Estado |
Agência Brasil
"Fiz duas ligações para Curitiba que caíram no meio da conversa", disse Paulo Bernardo, cliente TIM
O governo brasileiro não quer "demonizar as empresas de telefonia ou tratá-las como vilãs". A ponderação foi feita nesta segunda-feira pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, considerando que as companhias precisam manter uma boa relação com os consumidores, "porque são eles que pagam a conta".
Bernardo lembrou que o setor investiu R$ 20 bilhões no Brasil no ano passado, mas ainda assim as reclamações dos usuários sobre os serviços prestados levaram a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a suspender a venda de novas linhas de TIM, Claro e Oi nos Estados em que lideram o ranking de insatisfação dos clientes.
"Nossa visão é que nós tínhamos que adotar medidas extremas que não são para ser usadas todos os dias. A Anatel tomou a medida que tinha que fazer e, embora seja drástica, o critério foi ponderado, pois o consumidor não ficou sem opções em nenhum Estado", afirmou o ministro.
Bernardo disse que não fará interferência sobre esses processos junto à Anatel, mas declarou ser possível que as empresas entreguem planos de investimentos satisfatórios em até 15 dias, para que novos planos possam voltar a serem vendidos pelas companhias suspensas. "É um prazo razoável para encaminhar a solução, mas não estamos com pressa, podemos ficar brigando aí três meses. Quem está com pressa são as operadoras."
TIM
Para o ministro, o fato de a TIM ter entrado na Justiça contra a suspensão de venda de novas linhas em 19 Estados não muda o tratamento que a companhia recebe do governo e da Anatel. "Entrar na Justiça é um direito de todas as empresas. A TIM optou por esse caminho e isso não vai impedir um diálogo, mas também não quer dizer que vamos compactuar com a situação. Tanto que convencemos o juiz que negou a liminar à empresa."
O ministro também comentou que a Embaixada da Itália em Brasília ligou para o ministério na semana passada, durante sua viagem aos Estados Unidos. Segundo Bernardo, o secretário executivo César Alvarez foi orientado a responder que o processo "não tem nada a ver com a diplomacia".
"Isso é um problema do consumidor brasileiro com as empresas. O fato de a TIM estar aqui no Brasil há 15 anos não significa que iremos tratá-la melhor ou pior, até porque para todos os efeitos é uma empresa nacional", acrescentou. Bernardo confirmou que o presidente da Telecom Itália - que controla a TIM -, Franco Barnabé, planeja visitar o País nos próximos dias.
O ministro ainda revelou que possui um aparelho celular da TIM, que ficou sem 3G durante todo o dia na última sexta-feira. "E hoje fiz duas ligações para Curitiba que caíram no meio da conversa", detalhou. "Não temos nada contra a TIM, mas achamos que a qualidade do serviço não está boa no momento."

Chips de operadoras suspensas continuam à venda em bancas e camelôs

SÃO PAULO - Os consumidores conseguiram comprar chips de Claro, TIM e Oi mesmo com a proibição das vendas de...


SÃO PAULO - Os consumidores conseguiram comprar chips de Claro, TIM e Oi mesmo com a proibição das vendas de novas linhas a partir de hoje nos Estados onde são líderes em reclamações. As lojas das empresas procuradas pelo Estado em São Paulo, Fortaleza, Aracaju, Vitória, Porto Alegre e Curitiba não ofereciam chips e novas linhas de telefonia móvel, mas os vendedores terceirizados, como bancas de jornal e camelôs, estavam vendendo o produto.
Na semana passada, a Anatel proibiu a TIM de vender chips em 18 Estados e no Distrito Federal, a Oi em cinco Estados e a Claro em três, incluindo São Paulo. A agência informou que a fiscalização do cumprimento da medida será por meio da ativação de novas linhas e não nos pontos de venda. As empresas que descumprirem a determinação poderão ser multadas.
O dono de uma banca de jornal no centro de São Paulo, Ricardo Guerreta, estava vendendo um chip da Claro por R$ 7. Ele diz que soube da proibição pela imprensa e, por isso, deixou de encomendar novos chips da operadora. "Estou vendendo o que tenho em estoque. Só restou um", disse. O empresário disse que compra o produto de uma revendedora da Claro e que ninguém o procurou para dizer que ele não poderia vender o produto a partir de hoje.
Na loja da Claro as vendas estavam suspensas. O administrador de sistema, Dalmo Cardoso, tentou comprar um chip e não conseguiu. "Voltei hoje a morar no Brasil e só tenho o celular corporativo", disse. Como a maior parte de seus familiares é cliente da Claro, ele vai esperar as vendas da empresa serem retomadas para comprar o celular. A ligação tem custo reduzido entre números da mesma operadora.
A Anatel informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a determinação prevê que as vendas sejam interrompidas em todos os canais de venda. Mas, segundo o órgão, a fiscalização ocorrerá na ativação do chip e não nos pontos de venda. A reportagem do Estado comprou um chip da Claro em uma banca de jornal em São Paulo, mas não conseguiu ativar a linha. A Claro não se pronunciou sobre a questão até o fechamento desta edição.
A TIM informou que vai cumprir a determinação da Anatel e que a venda de novos chips por parceiros não tem sua autorização. "Em função da alta capilaridade de sua rede de vendas, com mais de 300 mil pontos, a empresa reforça que orientou a interrupção das vendas nos estados citados, seja de dados ou voz, ainda que por alguma circunstância um ponto de venda independente continue comercializando o chip.". Os novos chips não serão ativados.
Segundo o diretor-executivo do Procon-SP, Paulo Goés, o cliente que comprou o chip, mas não conseguiu ativa-lo tem direito a reembolso. A responsabilidade, segundo ele, é tanto da banca de jornal quanto da operadora.

17 de julho de 2012


A Serra Pelada agora conta com turma de chefes de cozinha profissionais


O gerente de SSMAC (Raimundo júnior) da SPCDM parabeniza os alunos pelo esforço e confiança na empresa
A SPCDM (Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral) em parceria com o SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) realizou o encerramento do curso de cozinheiro promovido pela empresa para os moradores do distrito de Serra Pelada.
A turma de vinte alunos receberá um certificado de reconhecimento nacional por todo aprendizado obtido durante os seis meses de curso. Disciplinas como Nutrição dietética, Higiene e segurança na cozinha, Técnicas de trabalho do cozinheiro, entre outras, fizeram parte do currículo destes alunos.
A profissionalização da mão de obra local é uma das ações da SPCDM para promover a melhoria na qualidade de vida e proporcionar geração de renda para a população. No Centro de Desenvolvimento Comunitário montado pela empresa no distrito de Serra Pelada, a comunidade pode usufruir de cursos planejados nos pilares de Cultura, Educação e Renda.
A vida da população de Serra Pelada tem mudado para melhor e as iniciativas de empresas como a SPCDM, tem orientado um novo caminho para os jovens da região, que antes viviam sem perspectivas alguma de crescimento pessoal e profissional. Serra Pelada vive um novo momento de desenvolvimento econômico e social através dos projetos de mineração implantados na região.
por Ascom Coomigasp
Ascom/SPCDM

Polícia Civil investiga paradeiro de líder do gruporesponsável por sequestro em Imperatriz


A Polícia Civil do Maranhão, em conjunto com as Polícias dos Estados de Tocantins e Pará, trabalham no intuito de localizar o paradeiro e prender o homem identificado como Sebastião Soares da Silva ou Sebastião Soares Simplício, de 53 anos, conhecido como Vô, Tião e Vicente.

Segundo informações policiais, Sebastião Soares é o líder intelectual do grupo responsável pelo seqüestro do menino Pedro Paulo, de 4 anos. O garoto foi sequestrado em sua casa, no centro de Imperatriz, na manhã do dia 27 de junho, sendo mantido em cativeiro por 14 dias e libertado na noite de terça-feira (10), no distrito de Cicilândia, município de Palmeirante no Tocantins, após ação monitorada pela equipe de investigação da Superintendência Estadual de Investigação Criminal (Seic).

De acordo com a polícia, o sequestro do menino Pedro Paulo foi idealizado por Antonio Dagui, ex-funcionário do pai da criança, Jurandir Mellado. Dagui, por anos, trabalhou com a família do sequestrado e conhecia de perto todos os hábitos dos moradores da casa onde vivia o garoto, o que lhe facilitou detalhar a quadrilha de seqüestradores, os passos e o poder aquisitivo de cada um dos familiares de Pedro Paulo. 

De posse dos dados da rotina da família, Antonio Dagui informou ao líder do bando, o foragido Sebastião Soares, inclusive as condições de saúde da criança, que tem rejeição a lactose, e também o valor máximo que eles poderiam pagar pelo resgate.
Situação Processual

Sebastião Soares da Silva é considerado pela Polícia como sendo de alta periculosidade e com mais de 10 mandados de prisão expedidos, sendo procurado no Brasil inteiro. Ele é natural de Ananindeua, no Pará. A última residência fixa de Sebastião, que se diz pescador, localizava-se em Araguaína, Tocantins.

Com Ensino Fundamental Incompleto, Sebastião Soares da Silva tem expedido contra si, um mandado de prisão preventiva emitido no último dia 11 de julho pelo juiz Joaquim da Silva Filho, titular da Vara da Fazenda Pública, respondendo pela 04ª Vara Criminal de Imperatriz, interior do Maranhão, pelo seqüestro do menino Pedro Paulo.

Sebastião Soares responde ainda por diversos delitos criminais em diversos estados brasileiros. Seu primeiro registro processual é referente a um homicídio ocorrido em 08 de maio de 1980 quando vitimou um homem na cidade de Caruaru, Pernambuco. Em março de 1988, ele vitimou um casal também naquela cidade.

Em 2002, ele foi condenado pela Comarca da 3ª Vara Penal de Castanhal, no Pará, por sequestro e cárcere privado. Teve decretado ainda prisão pela Comarca de Itambé, Pernambuco, no mesmo ano, por extorsão.

Responde por extorsão mediante sequestro no Ceará onde teve prisão preventiva decretada desde 1997. Possui também mandado de prisão expedido em Natal, Rio Grande do Norte, por homicídio qualificado e tráfico de drogas.  
Denúncias

Quaisquer informações que podem levar ao paradeiro de Sebastião Soares da Silva podem ser feitas por meio da Central do Disque-Denúncia (98) 3223-5800, na capital, e 0300 313 5800, no interior. Ou ainda, pelo 190 do Ciops.

Conselho Deliberativo da Coomigasp é convocado para a próxima sexta-feira

por Ascom Coomigasp
Imagem: Divulgação
A Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada – Coomigasp caminha dentro dos passos da lei, a prova disso é o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre a Coomigasp e o Ministério Público Estadual.
Respeitando um dos itens do TAC, o Conselho Deliberativo da Coomigasp foi convocado para tratar da organização das Delegacias Regionais, prestação de contas das mesmas e de um novo sistema de arrecadação que será feita on-line.
A reunião deverá acontecer nesta próxima sexta-feira (20), as 09:00 horas e será na sede Administrativa da Coomigasp.
Nova Serra Pelada tem novo Gerente Geral
A Colossus Minerals Inc. parceira da Coomigasp no projeto Nova Serra Pelada, informou nesta segunda-feira (16) que Paulo de Tarso Serpa Fagundes não é mais o Gerente Geral da Mina de Serra Pelada, o cargo agora será ocupado por Lyle Pritchard.
Lyle Pritchardes possui uma grande experiência nesse ramo da mineração, o mesmo já realizou trabalhos na Bulyanhulu Barrick Mina na Tanzânia, na Marlin Goldcorp Mina na Guatemala e também na El Cubo Aurico Mina no México.
As informações foram retiradas do próprio site da empresa Colossus, no mesmo, Claudio Mancuso ainda comentou sobre isso: “[...] As atividades de desenvolvimento estão rapidamente ganhando força e, desde a sua chegada, em abril, Mr. Pritchard provou que ele é eminentemente capaz de trazer Serra Pelada para a produção de uma forma segura, oportuna e rentável. Mr. Pritchard merece esta promoção e tem o total apoio e confiança da diretoria e do conselho de administração na medida em que a mina avança para a produção. Gostaríamos também de agradecer a Paulo de Tarso Serpa Fagundes pelo o seu serviço à Companhia e lhe desejamos boa sorte em seus empreendimentos futuros.”.
Agradecimentos do Presidente
O presidente da Coomigasp – Valdemar Pereira Falcão (Valder Falcão) agradece a todos os garimpeiros e lideranças garimpeiras pelas inúmeras manifestações de apoio da administração em que vem fazendo e aproveita para informar que estará dando início a uma nova política de gestão alinhada pelo TAC com um único objetivo: Proteger e assegurar os direitos dos garimpeiros afiliados a Coomigasp.

Rosane Collor revela que ex-presidente fazia rituais de magia negra na Casa da Dinda

Fernando Collor e Rosane ficaram casados por 22 anos. Há sete anos se separaram. Agora brigam na Justiça em um processo litigioso.

Vinte anos depois do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo, a ex-mulher dele decide abrir o jogo sobre esse período conturbado da história do Brasil. Rosane Collor diz que o ex-marido mentiu sobre as relações dele com Paulo Cesar Farias, o PC Farias, figura que comandava um esquema de corrupção dentro do governo. Rosane conta mais: confirma que para se defender de inimigos políticos, o então presidente Collor participava de sessões de magia negra nos porões da Casa da Dinda, a residência oficial do casal em Brasília. A reportagem é de Renata Ceribelli.

Fantástico: Você tem saudade do poder?
Rosane: O poder é efêmero, o poder um dia acaba.

Em 1990, quando Fernando e Rosane Collor de Mello se tornaram o presidente e a primeira-dama mais jovens do Brasil, ele com 40 anos e ela com 26, ninguém poderia imaginar essa cena: a Rosane, que chamava atenção pelas roupas caras e extravagantes, passando sempre a imagem de mulher poderosa, hoje se senta com a Bíblia entre as mãos em cultos evangélicos para pedir ajuda e dar testemunhos como esse:

Rosane: E olha que eu tive muitos momentos em que eu disse: ‘Jesus, me leva, aqui nessa terra eu não quero ficar mais’.


Fernando Collor e Rosane ficaram casados por 22 anos. Há sete anos se separaram. Agora brigam na Justiça em um processo litigioso.

Nesta entrevista, Rosane fala pela primeira vez sobre o que viu e viveu na presidência do ex-marido, hoje senador. São revelações inéditas, que confirmam boa parte do que Pedro Collor, irmão já falecido do ex-presidente, disse há 20 anos, detonando o processo de impeachment, o afastamento de Fernando Collor do poder.
 
A versão de Rosane estará também num livro que ela escreve com o jornalista Fábio Fabretti.

"Eu me considero um arquivo vivo. E eu digo em todas as entrevistas, e inclusive já disse na Justiça, que se algo acontecer na minha vida, o responsável maior será Fernando Collor de Mello”, diz a ex-primeira-dama.

Rosane conta que chegou a ser ameaçada ao decidir ir à casa de uma pastora chamada Maria Cecília, da Igreja Resgatando Vidas para Deus. Cecília era amiga do casal Collor, e antes de se converter à Igreja, se dedicava ao que Rosane chama de magia negra. Nesse encontro, a pastora distribuiu uma gravação em que revelava trabalhos de magia feitos por encomenda do ex-presidente na Casa da Dinda, a mansão da família Collor em Brasília. Revelações que Rosane confirmará nessa entrevista.

Rosane: Eu recebi um telefonema dizendo que eu não fosse a esse evento porque, se eu fosse, eu iria, mas eu não voltaria. E eu repreendi, disse que não tinha medo.
Fantástico: E você acha que foi ele? Ou foi ele que te ameaçou?
Rosane: Foi ele que ameaçou.
Fantástico: Ele te ligou e pessoalmente te disse isso?
Rosane: Um telefonema anônimo. Eu não sei se era ele que estava no telefone. Eu sei que eram pessoas que falavam dizendo que ele tinha mandado ligar, dizendo que eu não fosse para aquele culto, porque se eu fosse eu não voltaria.

Para entender as acusações de Rosane Collor de Mello contra o ex-marido, é preciso relembrar um dos momentos mais dramáticos da história do país.

O ano é 1989. O Brasil está eufórico por votar para presidente da República depois de 29 anos sem eleições diretas.

Fernando Collor se lança candidato como o defensor dos humildes, o caçador de marajás, como eram conhecidos os funcionários públicos que recebiam supersalários.

“Vamos fazer do nosso voto a nossa arma, para retirar do Palácio do Planalto os maiores marajás desse país”, disse em discurso na época.

A estratégia funcionou. Collor venceu com 35 milhões de votos. Lula ficou em segundo, com 31 milhões.

O novo presidente assumiu em 15 de março de 1990. Pouco tempo depois da posse, começaram a circular as primeiras denúncias de corrupção envolvendo o nome do tesoureiro da campanha, Paulo César Farias. PC, como ficou conhecido, era acusado de pedir dinheiro a empresários em troca de privilégios no governo.

“Toda e qualquer denúncia tem que ser exemplarmente apurada”, declarou Collor, em 1991.

Em maio de 1992, estoura a bomba: em entrevista à revista Veja, o próprio irmão do presidente, Pedro Collor, afirma que PC Farias era testa-de-ferro de Fernando Collor. O presidente, segundo as declarações do irmão, sabia das atividades criminosas de seu ex-tesoureiro.


>> RITUAIS DE MAGIA NEGRA

Dez meses depois, Pedro vai além. Em entrevista ao Jornal do Brasil, diz que Collor e Rosane faziam o que ele, Pedro, chamou de rituais de magia negra. E na própria Casa da Dinda, que era a mansão da família Collor, em Brasília.

Hoje, Rosane conta detalhes sobre esses rituais. E relata como foi o encontro com Maria Cecília, no dia em que teria sido ameaçada por telefone.

Rosane: Já tem bastante tempo que ela aceitou Jesus, ela hoje é pastora, e ela estava fazendo lançamento de um novo CD, onde ela contava todas as experiências.
Fantástico: Inclusive os rituais de magia negra que aconteciam.
Rosane: Inclusive os rituais de magia negra que eles faziam, mas não com a minha participação, porque algumas coisas eu participei, mas a grande maioria eu não aceitava participar.

Nesse CD a que Rosane se refere, Maria Cecília relata duas fases desse trabalho com Fernando Collor. Uma para ele chegar à Presidência: “Foi um trabalho muito sério. Foi um trabalho muito imundo, podre, nojento, para que se colocasse ali, na Presidência da República, aquele homem para administrar o Brasil”.

Outra, com ele já presidente, nos porões da Casa da Dinda. Nesse trecho, Maria Cecília fala dela mesma como se falasse de outra pessoa: “E ela teve que ir para Brasília, improvisar na Casa da Dinda, lá nos porões da Casa da Dinda, um lugar que fosse para o atendimento do marido e da esposa que estavam na Presidência da República. E ela deu continuidade àquele trabalho por um longo tempo”.


Depois, Cecília confirmaria numa entrevista à revista Época a realização desses rituais.
Fantástico: Nesse livro, você vai contar justamente sobre esses rituais que ele não gostaria que fossem contados.
Rosane: Com certeza.
Fantástico: Que rituais são esses?
Rosane: Trabalhos em cemitérios, trabalhos muito fortes.
Fantástico: E com animais, o que acontecia?
Rosane: Com animais era matança mesmo. Mata galinhas, mata boi, vaca. São animais que são sacrificados.

Uma imagem mostra a proximidade de Maria Cecília com Fernando Collor: em 1991, ela sobe a rampa ao lado do presidente, e trocando sorrisos. A cor branca do terno teria sido uma orientação de Cecília.

Também por orientação dela, segundo Rosane, Collor fazia rituais com a intenção de se proteger de inimigos políticos. Tentando fazer com que fossem atingidos pelo mal que desejassem contra ele.

Rosane: O Fernando fez ritual de ficar isolado, na Casa da Dinda ele ficou. Tem um porão e ele ficou durante três dias isolado mesmo, como se fosse se consagrando.
Fantástico: Com animal morto?
Rosane: Mas não no mesmo local. Dormindo numa esteira, ficando ali vestido com roupa branca.
Fantástico: E ele fazia isso pedindo o quê?
Rosane: Porque ele acreditava que pessoas que desejavam mal pra ele, fazendo isso, o mal que as pessoas mandavam pra ele voltava.

Fantástico: Durante quanto tempo vocês fizeram esse tipo de ritual?
Rosane: Quando eu conheci o Fernando ele já frequentava esses ambientes. Enquanto a gente esteve casado, ele praticava.

Rosane afirma acreditar que esses rituais deram origem ao que ela chama de "Maldição do Collor", e que ela e Maria Cecília só escaparam por terem aceitado Jesus.

Rosane: Eu e a Cecília somos duas pessoas que estamos vivas. Eu não acredito em coincidência, eu acredito em ‘jesuscidência’. E somos duas pessoas que estamos vivas por ter aceitado Jesus.
Fantástico: O que você chama de "Maldição do Collor"?
Rosane: De as pessoas que tentaram prejudicá-lo. Vários exemplos morreram de morte estranha. Eu acredito na maldição, de aquilo que quando você deseja o mal para alguém, isso pode acontecer.
Fantástico: Quantas pessoas morreram de maneira estranha?
Rosane: Eu não sei quantas pessoas foram.
Fantástico: Quais foram as que você atribui à maldição? A mulher do PC Farias?
Rosane: É que era uma pessoa que não tinha muito carinho pelo Fernando. Ela não gostava do Fernando. Agora jamais vou afirmar que o Fernando fez algum trabalho para que ela fosse morta.

Pedro Collor morreria em 1994, vítima de um câncer no cérebro. Dois anos antes, as denúncias feitas por ele na revista Veja provocaram a criação de uma CPI, e Collor tentou uma cartada: ele pediu o apoio popular.

“Que saiam no próximo domingo de casa com alguma peça de roupa com uma das cores da nossa bandeira! Que exponham nas janelas! Que exponham nas suas janelas toalhas, panos, o que tiver nas cores da nossa bandeira. Porque assim, no próximo domingo, nós estaremos mostrando onde está a verdadeira maioria”, pediu Collor, em 14 de agosto de 1992.

Dois dias depois da conclamação, em vez de usar verde e amarelo, milhares de jovens que ficariam conhecidos como caras-pintadas vão para as ruas vestindo preto. E pedem o afastamento do presidente.


>> RELAÇÃO DE FERNANDO COLLOR COM PC FARIAS

Em junho, Collor tinha feito um pronunciamento em rede nacional negando que mantivesse contato com PC Farias. “Há cerca de dois anos não encontro o senhor Paulo César Farias, nem falo com ele. Mente quem afirma o contrário”, disse em 20 de junho de 1992.

Hoje, Rosane, pela primeira vez, desmente o ex-marido. E diz que, por isso, Collor tem medo do livro que ela está escrevendo:

Fantástico: Quem você acha que está temendo hoje pelo lançamento do seu livro?
Rosane: Eu prefiro acreditar que tem pessoas que estão receosas.
Fantástico: Quem?
Rosane: O próprio Fernando, né? Porque eu acredito que eu vou contar coisas que ele não gostaria de ser contada.
Fantástico: Por exemplo?
Rosane: Vou dar um exemplo forte. O PC continuava, ele tomava café da manhã na Casa da Dinda. E ele disse que não, e acontecia. Uma vez por semana, ele tomava café na Casa da Dinda com Fernando, presidente da República. Agora, depois que começaram a sair as notícias ruins, aí ele nunca mais foi tomar café na nossa casa. Até porque o PC era tesoureiro do Fernando na época da campanha. Ele é quem fez toda a arrecadação, isso todo mundo sabe.
Fantástico: E depois da campanha, depois de eleito, qual era a relação de Fernando Collor de Mello com PC Farias?
Rosane: De amizade, eles eram amigos.
Fantástico: Mas no governo?
Rosane: Eu acredito que ele tinha influência. Eu acredito não, eu tenho certeza absoluta que o PC teve influência no governo. Tanto que ele tinha irmão que foi ser da Saúde.
Fantástico: Mas o Fernando Collor de Mello negou essa informação na época, dizendo que ele não tinha contato com o PC Farias. Por que ele negou?
Rosane: Não sei por que ele negou.
Fantástico: Você perguntou para ele?
Rosane: Perguntei, ele falou que preferia que fosse assim.
Fantástico: Quem tinha mais influência sobre Fernando Collor de Mello. Rosane Collor ou PC Farias?
Rosane: Nossa, eu acredito que o PC Farias.

Rosane lembra que em 1993, quando foi decretada a prisão de PC Farias, a mulher dele, Elma, saiu em defesa do marido: “O Paulo César não agiu sozinho, ele teve alguém que mandou. O chefe maior foi quem mandou ele fazer isso.”, disse na época.

Fantástico: E o chefe era o Fernando Collor?
Rosane: Eu acredito que, quando ela falou nessa entrevista, eu acredito que ela tenha falado do Fernando.

Rosane revela que, quando foi presidente da Legião Brasileira de Assistência (LBA), teve problemas com PC Farias.

Rosane: Uma certa manhã, nós estávamos tomando café da manhã na Casa da Dinda, eu era presidente da LBA de fato, e no café da manhã, eu fui conversar com o Fernando e o PC estava lá, e eu disse que eu não gostaria que o PC viesse interferir na LBA.
Fantástico: Que tipo de interferência ele queria fazer?
Rosane: Colocando muitas pessoas para trabalhar em cargos importantes.
Fantástico: Pessoas dele?
Rosane: Pessoas ligadas a ele. Eu disse que eu não ia permitir.
Fantástico: Isso coincidiu com a primeira crise do casal, no final de 1991?
Rosane: Exatamente. Foi aí a grande crise que nós tivemos no casamento.

Fernando Collor não se preocupou em esconder que durante o período de crise no casamento andava sem a aliança.

Rosane revela como o presidente e a primeira-dama mais jovens da história eram assediados nos salões da política.

>> PRESENTES PARA A PRIMEIRA-DAMA

Fantástico: Vocês eram um casal jovem, bonito. Tinha muito assédio sobre vocês?
Rosane: Com certeza. Eu acredito que de ambas as partes.
Fantástico: Muita mulher dando em cima do Fernando Collor?
Rosane: Muitas mulheres.
Fantástico: Muito homens dando em cima de você também?
Rosane: Com certeza. Isso é natural. Até pelo fato de a primeira-dama ser jovem, até pelo fato do presidente ser jovem, ter 40 anos de idade.
Fantástico: Você, como primeira-dama, foi assediada?
Rosane: É normal. As pessoas olham, se encantam.
Fantástico: Foi cantada?
Rosane: Não sei se cantada, mas palavras mais gentis.
Fantástico: Presentes?
Rosane: É, ganhei. Presente de joias, e eu entregava pra ele. Para saber o que eu fazia.
Fantástico: Homens te mandando joias de presente?
Rosane: É, de presente. Dava presente. Dizia: 'era presente para a primeira-dama'. Normal.

Mais tarde, a própria Rosane foi afastada da presidência da LBA, sob acusações de desvio de verbas.

Rosane: Em relação a isso eu não faço mais nenhum comentário, porque o Supremo Tribunal Federal me deu ganho de causa por unanimidade.

PC Farias foi preso em 1993, e em 1996, quando estava em liberdade condicional, foi encontrado morto em Maceió. A polícia concluiu que PC foi morto pela namorada, que se suicidou em seguida, mas o crime nunca foi completamente desvendado.

Fantástico: Onde você e o Collor estavam quando o PC Farias morreu?
Rosane: Nós estávamos no Taiti.
Fantástico: Como que vocês receberam essa notícia?
Rosane: Ele ficou preocupado. Agradeceu por não estar lá, porque poderia passar na cabeça das pessoas que ele poderia estar envolvido.
Fantástico: Você achou?
Rosane: Não, em nenhum momento. Como acredito que ele não está envolvido na morte do PC.

>> IMPEACHMENT DE FERNANDO COLLOR

O momento decisivo da carreira política de Fernando Collor de Mello aconteceu no dia 24 de agosto de 1992. A CPI encarregada de investigar as denúncias contra o presidente concluiu: “Os documentos apresentados hoje pela Comissão Parlamentar de Inquérito apontam as ligações do presidente Collor e de sua família com o chamado esquema PC”, noticiou o Jornal Nacional em 24 de agosto de 1992.

Os documentos registram uma reforma de US$ 2,5 milhões na Casa da Dinda, a mansão da família Collor, em Brasília; a compra de um carro Fiat Elba; e despesas pessoais, tudo pago por cheques de fantasmas, ou seja, de pessoas fictícias, inventadas, o que caracteriza crime contra a probidade na administração, um crime de responsabilidade, cuja pena é a perda do cargo. A votação do relatório pelo plenário da Câmara aconteceu no dia 29 de setembro de 1992.

Fantástico: O momento do impeachment. O momento da votação. Onde você estava?
Rosane: Nossa, foi muito tenso. Eu ia ficar com ele, eu queria assistir lá na presidência, no Planalto. Mas ele falou que não queria. Que ele queria assistir sozinho. Em cada minuto, cada voto que era dado, ele ligava pra mim. Aí no momento que ele viu que não tinha mais jeito, que realmente o impeachment ia acontecer, ele realmente ficou desesperado.

Fantástico: Quando vocês se encontraram depois disso, o que ele te falou?
Rosane: Só nos abraçamos. Quando ele chegou em casa, nos abraçamos, eu tentei acalmá-lo, tranquilizá-lo e dizer: ‘Vai passar, eu estou aqui contigo, eu vou estar sempre do teu lado’.

Em entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto, no Fantástico, Fernando Collor admitiu que pensou no pior, no suicídio.

Rosane lembra que nesse momento ficou apavorada.

Rosane: Eu procurei tirar as armas que tinham dentro de casa, eu tirei. Até por precaução, porque num momento de desespero a pessoa pode fazer. Então eu tentei durante muito tempo. Eu comecei a ter problema de insônia, porque eu já não conseguia dormir. Eu ficava angustiada, achando que ele era capaz de fazer alguma coisa. Então qualquer movimento dele, nos primeiros dias, se ele levantasse da cama, eu estava com o sono tão leve, era uma coisa impressionante, era tão leve meu sono que ele levantava e eu já acordava. Podia ser o que fosse, eu acho que nem dormia.
Fantástico: Ele ia para o banheiro...
Rosane: Ele ia para o banheiro, eu já acordava e corria atrás dele. Ele dizia: "Calma, Quinha, eu estou no banheiro". Eu achava que, não sei, que ele pudesse cometer, porque foi tudo muito rápido, foi uma coisa muito rápida...
Fantástico: Cometer suicídio?
Rosane: Eu achei que ele pudesse cometer.

Aprovado na Câmara, o pedido de impeachment seguiu para o Senado já no dia seguinte, sendo também aprovado e dando início ao julgamento de Collor, que deveria estar concluído em até 180 dias. Até lá, Collor ficaria afastado da presidência temporariamente, sendo substituído pelo vice Itamar Franco, o que, seguindo os trâmites oficiais, só aconteceu em 2 de outubro de 1992. Foi o dia em que Collor desceu a rampa do Palácio do Planalto pela última vez.

Rosane: Então, naquele momento, quando ele assinou, ele estava muito triste, ele estava muito abatido, ele estava muito magro. Estava depressivo, já não conseguia se alimentar direito. E naquele momento, quando ele assinou e nós fomos descer a rampa e ele quis baixar a cabeça, eu segurei na mão dele, e disse: ‘Vamos, levanta a cabeça, vamos em frente que a gente vai conseguir’.

Em 29 de dezembro, o Senado se reúne sob o comando do então presidente do Supremo Tribunal Federal, Sidney Sanches, para julgar se Fernando Collor era mesmo culpado pelo crime de responsabilidade, apontado pela Câmara. Se condenado, Collor continuaria afastado, não voltaria à Presidência e ficaria inelegível por oito anos. Para escapar dessa punição e garantir seus direitos políticos, ele tenta uma manobra de última hora: renuncia à Presidência. Mas a tentativa não dá certo. Resultado: Fernando Collor é finalmente condenado.

Na esfera criminal, dois anos depois, Collor enfrentou no STF a acusação de corrupção passiva. Alegou que as despesas apontadas pela Câmara foram pagas com sobras do dinheiro da campanha de 1989 e com um suposto empréstimo feito no Uruguai. Collor alegou também desconhecer que suas contas eram pagas por meio de cheques de fantasmas. Para condená-lo por corrupção passiva, era necessário que a procuradoria provasse que Collor recebeu dinheiro em troca de favores e serviços prestados a corruptores. Mas, no entendimento do STF, a procuradoria não conseguiu nenhum documento que provasse isso de forma inequívoca. Por essa razão, por cinco votos a três, o Supremo absolveu Collor da acusação de corrupção passiva.

Hoje, Rosane faz uma avaliação sobre o passado.

Fantástico: Você estava preparada para tanto poder?
Rosane: Ah, não, de jeito nenhum, acho que a gente não estava preparado.
Fantástico: Você se deslumbrou?
Rosane: Eu acho que todo mundo se deslumbra. Eu acho que chega o momento que a gente vê. Eu chegava e estava ao lado da princesa Diana. Eu estava jantando com a princesa Diana.

Collor voltou à política em 2002 e perdeu a eleição para o governo de Alagoas. Em 2006, foi eleito senador pelo mesmo estado. A separação de Rosane e Fernando Collor tinha ocorrido um ano antes, em 2005.

Fantástico: Essa casa onde você vive é de quem?
Rosane: Essa casa, hoje ela está, ele colocou porque ele tem um débito comigo na pensão alimentícia.

Segundo Rosane, a dívida de Collor é de R$ 950 mil. Ela briga na Justiça para ter acesso a parte dos bens que o ex-marido acumulou na vida pública. Os dois eram casados em regime de separação de bens. Quando casou, Rosane tinha 19 anos.

Fantástico: Vocês se casaram em que regime?
Rosane: Antes, em separação de bens total. Eu não sabia, eu achava que tinha sido parcial. Eu achava que aquilo que ele tinha antes era dele. E aquilo que a gente construísse seria nosso. Mas infelizmente, pela minha imaturidade, eu assinei um documento que eu não sabia o que estava fazendo.


>> PENSÃO DE R$ 18 MIL

Fantástico: Você pode dizer de quanto é sua pensão hoje?
Rosane: É de R$ 18 mil. É a pensão que eu recebo.
Fantástico: E você acha pouco?
Rosane: Pela vida que ele tem, sim. Eu vejo amigas minhas que se separaram. Tenho um caso de uma amiga minha que se separou, o marido não é ex-presidente, não é senador da República, e tem uma pensão de quase R$ 40 mil.
Fantástico: E você, o que sente por ele?
Rosane: É aquilo que eu digo: o Fernando foi o grande amor da minha vida, mas também foi minha grande decepção.

Durante duas semanas, nós tentamos ouvir o senador Fernando Collor sobre as declarações da ex-mulher, Rosane. No último contato, o ex-presidente respondeu que não falaria "nem um minuto, nem meio minuto" sobre as revelações da ex-primeira-dama.

Procuramos também a pastora Maria Cecília, mas ela não quis receber a nossos repórteres. Disse apenas que considera os rituais na Casa da Dinda assunto encerrado.

16 de julho de 2012


VEJA AS MENSAGENS DOS SEQUESTRADORES DO GAROTO PEDRO PAULO ENVIADAS A FAMÍLIA.


Na edição deste domingo (15), o Fantástico divulgou o teor da primeira mensagem deixada pelos bandidos aos pais do garoto. “os sequestradores mantinham contato com a família por meio de chips previamente comprados pela quadrilha e deixados em locais posteriormente informados aos pais da criança O texto, longo e bem escrito, revela detalhes dados pelos sequestradores a “seu Jurandir”, pai de Pedro Paulo, sobre como proceder para realizar o pagamento de R$ 500 mil pelo resgate. ”
















“Estando o senhor pronto para nos pagar com o dinheiro em posse e com a disponibilidade para efetuar o pagamento a qualquer momento e ainda sem o envolvimento da polícia, o senhor deverá expor na faixada de sua loja em Imperatriz uma faixa branca com letras vermelhas escrito o seguinte: “Promoção. Margarina com 20% de desconto”, detalha o chefe da quadrilha no comunicado. Veja abaixo a íntegra:
“Muita atenção nas instruções a seguir. São elas que levarão seu filho de volta até você. Em primeiro lugar, não temos nenhum interesse de fazer mal ao seu filho Pedrinho. O nosso interesse é exclusivamente na quantia de R$ 500 mil que o senhor Jurandir deverá nos pagar para o ter de volta com a sua integridade física e moral preservadas. No entanto, as suas atitudes, seu Jurandir, poderão facilitar ou dificultar a vida do seu filho. Informamos que estamos preparados e qualificados para qualquer situação. Inclusive, se o senhor tentar nos enganar, avisamos que o nosso insucesso resultará na morte do seu filho. Não haverá negociação. As instruções são para serem seguidas à risca e fique atento a possíveis trotes. Nós não faremos contato telefônico a não ser para confirmarmos se o senhor recebeu as instruções e, em nosso contato, nosso codinome será “Chorrim”. Segundo Pedrinho, esse é o nome do seu cachorro que morreu, então entenda, quando contactarmos o senhor, nos identificaremos com o nome de “Chorrim”, aí o senhor saberá que somos nós. Pedimos ainda, senhor Jurandir, que o senhor não envolva a polícia. O senhor tem o poder de afastá-los do caso. Lembre-se, é a vida do seu filho que está em jogo e é natural o ser humano preservar a vida, então preserve a vida do seu filho. Depois, a polícia que aja de maneira que ela achar que deva agir. A polícia vai dizer ao senhor que será capaz de nos identificar e de nos prender e é mentira, isso não vai acontecer, pois nós não deixamos pistas. E eu já lhe disse que o nosso insucesso acarretará na morte do seu filho. Eles pedirão tempo para juntar evidências, pedirão tempo para se organizar e que têm algo, sem realmente ter. Não confie neles para nada, não confie neles sequer para dizer que já está com o dinheiro pra nos pagar. Pois os mesmos serão capazes de armar um meio e simular um assalto, de tentar lhe roubar. E, atenção, o senhor só terá no máximo dez dias para o pagamento. Eu disse no máximo dez dias. Lembre-se que quanto mais breve, melhor. É a vida do seu filho que está em jogo. A decisão de manter seu filho vivo e nos pagar é sua. Sendo assim, o senhor deverá juntar a quantia específica de R$ 500 mil em cédulas não marcadas, ou em série, e em notas de R$ 100 e de R$ 50. O senhor vai colocá-las em uma mochila a seu critério. Essa mochila não deve ser monitorada de forma alguma, ela não deve conter rastreadores, porque nós estamos preparados tecnologicamente para detectar esse tipo de equipamento. Não disperse, seu Jurandir. Esse tipo de procedimento, esse tipo de atitude idiota vai nos fazer punir seu filho e nós não teremos pudor algum em executar essa punição, porém, estando o senhor pronto para nos pagar com o dinheiro em posse e com a disponibilidade para efetuar o pagamento a qualquer momento e ainda sem o envolvimento da polícia, o senhor deverá expor na faixada de sua loja em Imperatriz uma faixa branca com letras vermelhas escrito o seguinte: “Promoção. Margarina com 20% de desconto”. Entenda bem, uma faixa branca com letras vermelhas escrito “Margarina com 20% de desconto”. Esse será o sinal em que nós identificaremos que o senhor está pronto – eu disse pronto para nos pagar. Siga criteriosamente nossas instruções e lhe devolveremos o seu filho ileso. Tente dar uma de esperto, e nunca mais terá seu sossego e seu filho de volta. Quando formos informados, pelo senhor, que o senhor irá nos pagar, o senhor receberá novas instruções como deverá proceder. No entanto, já lhe informamos: leve consigo dois seguranças de sua total confiança para que não haja nenhuma atitude que leve ao senhor não chegar com o dinheiro até nós. Esse segurança vai proteger o senhor e seu dinheiro, porque ele ainda é seu, o senhor ainda não nos entregou. O senhor também receberá, durante o processo de pagamento, um outro cartão de memória com um vídeo provando que seu filho está vivo e que o senhor irá revê-lo em breve. Correndo tudo exatamente como informado, o senhor encontrará, em até 24h, seu filho são e salvo. Precisamos deste prazo para podermos conferir e verificar o dinheiro que o senhor nos entregou. Leve consigo um equipamento que possa ler o cartão de memória, recomendo um notebook. Temos a total convicção que o seu potencial financeiro nos permitia pedir até um valor mais alto, R$ 1 milhão ou R$ 2 milhões, mas não somos ambiciosos, somos profissionais e nosso profissionalismo nos dá certeza que R$ 500 mil é fácil para o senhor nos pagar. Senhor Jurandir, preciso enfatizar algumas situações que o senhor possa ter a burrice de ocasioná-las. Primeiro, o não cumprimento do prazo máximo de dez dias. O senhor pode ser instruído pela polícia em tentar ganhar tempo, daí o seu filho será punido. O seu filho está sendo mantido sedado por nós e nós não temos pressa, como não temos trabalho nenhum. A pressa é toda sua. E se o senhor não cumprir o prazo, nós suspenderemos a alimentação do seu filho, daí o senhor pergunte a esses especialistas quanto tempo uma criança de cinco anos consegue sobreviver sem comer ou sem beber. E se ocorrer o falecimento do garoto por falta de alimento, nós lhe informaremos e daremos ao senhor mais cinco dias, para que nos pague a metade do valor que nós solicitamos pelo cadáver congelado do seu filho. Se o senhor se abster e não nos pagar, nós incineraremos o cadáver. Aí o senhor durma tranquilo e feliz com seu dinheiro. Outra situação que seria a de o senhor colocar a faixa nos informando que está disposto a pagar, porém não estivesse pronto para o pagamento e frustasse o processo, o andamento do processo de pagamento, isso será entendido por nós como uma autorização para deixarmos de ser educados e começarmos a mutilar e lhe enviar pedaços do seu filho. Seu Jurandir, imagine que seu filho tem uma doença e que o tratamento para essa doença custa apenas R$ 500 mil. Agora pergunte a sua esposa, vocês pagariam esse tratamento? Pois bem, ele está doente e o seu dinheiro é a cura. Nos pague e terá seu filho de volta. Tome qualquer atitude diferente e o senhor servirá de exemplo para outras pessoas. Aguardamos o seu posicionamento sem burrices. Para nós, isso é apenas um negócio, um negócio onde o senhor tem o que nos queremos e nós temos o que o senhor quer. Então façamos cada um a nossa parte para fecharmos esse negócio com sucesso para ambos. Preste muita atenção nessa gravação, escute-a novamente quantas vezes for necessário e faça o que lhe pedimos.