5 de fevereiro de 2011

Pedras, paus e xingamentos a Ronaldo marcam manhã corintiana

Véspera de clássico tem mais protestos no CT. Mais de 300 torcedores protestaram


Se a sexta-feira já foi tumultuada no CT corintiano do Parque Ecológico, a manhã de sábado foi aterrorizante. Mais de 300 torcedores organizados do clube se amontoaram na frente do centro de treinamento com faixas de protesto e bandeiras e por volta das 9h30, quando o ônibus dos jogadores chegou ao local, um cenário de guerra se instalou.

Os torcedores cercaram o ônibus, jogaram pedras, paus e tudo que encontravam pela frente no veículo corintiano. O efetivo policial, com oito carros e cerca de 50 policiais, não pareceu suficiente para segurar a horda de corintianos. Foram jogadas bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes que correram para os lotes vazios ao redor do CT. Na sexta-feira, com 30 torcedores, até a tropa de choque da polícia militar foi acionada. Eles não estiveram no CT neste sábado.



Muitos caíram e foram pisoteados. O ônibus corintiano partiu em alta velocidade para dentro do CT e por pouco não atropelou os torcedores. Assim que o ônibus entrou, os policiais fizeram um cordão de isolamento e jogaram mais bombas. O portão de entrada foi danificado.

Foram cerca de 10 minutos de muita tensão. Alguns jornalistas também sofreram com a bombas. Fotógrafos que estavam em cima de um carro de transmissão de emissora de TV também foram alvos da torcida que os atingiu com pedaços de bambu. A imprensa não foi liberada para acompanhar o treino da equipe.

A torcida só poupou três jogadores na manifestação: Júlio César, Alessandro e Jorge Henrique, que foi até o alambrado conversar com os manifestantes. Os três tiveram seus nomes gritados pelos torcedores. Com Ronaldo foi bem diferente. “Andrés, presta atenção, Ronaldo não é homem pra jogar no Coringão”, gritaram os torcedores. “Alô Ronaldo, vamos jogar, o Coringão não é o seu spa”.
Mas o grito que melhor sintetizou o atual momento corintiano tinha no terror seu lema. “Ôôô, ou joga por amor ou joga por terror”.
Por volta das 11h10 os torcedores atenderam a um pedido de um dos líderes do grupo que protestava e encerraram a manifestação. "Não adianta mais protestar hoje, vamos continuar o protesto amanhã durante o jogo".
Além de pedir o fim do protesto, o líder do grupo pediu que os demais torcedores não perdoassem qualquer deslize de conduta esportiva dos atletas.
"Se encontrar alguém na balada, todos os Gaviões têm o direito de pegar e fazer o que quiser com o cara", disse o líder dos torcedores.
 

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