5 de abril de 2011

O QUE FALTA PARA A COOMIGASP E COLOSSUS ATENDER O QUE O POVO QUER?
Quando o maranhense e ex-garimpeiro de Serra Pelada, Domingos Rodrigues da Silva, 69 anos, sócio da Coomigasp ouviu pela primeira vez a expressão “SPE” a sua pronta reação foi: “Não sei. Que diabo é isso?” O teste foi feito no meio da assembléia geral da cooperativa ocorrida no ultimo dia 27 em Curionópolis. Assim como Domingos, que se diz homem sem estudo e calejado pela dura  vida,  os exatos 36 mil 632 sócios da Coomigasp,  também, não sabem,  o que é uma (SPE) Sociedade de Propósito Especifico - e muito menos, sobre aquela que foi  criada há mais de  dois anos pela parceria Coomigasp e Colossus com  o objetivo de implantar e tocar a mina de Serra Pelada. A maioria absoluta dos que foram abordados pela Agasp Brasil dentro da Escola Almir Gabriel, local em que aconteceu a assembléia da Coomigasp, não sabe a onde a SPE que carrega o nome de fantasia - “Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral” – funciona e quem são seus dirigentes.

Desde quando foi liberada a Portaria de Lavra para a parceria Coomigasp e Colossus que a Agasp Brasil vem insistentemente cobrando para que a sociedade tenha mais informações sobre a SPCDM e como ela irá fazer para dividir o lucro da produção entre os ex- garimpeiros cooperados. A direção da Coomigasp não tem dado a devida atenção a sua sociedade para responder perguntas obvias. “Daqui para frente não quero mais ouvir o Gesse falar sobre a estória de que atravessou o inferno.É necessário que ele seja mais pratico e fale como vamos ganhar o nosso dinheiro”, reagiu  Amauri dos Santos, filho de um garimpeiro já falecido  e que substitui o pai como sócio da cooperativa. Estudante do 2 Grau e bastante falante, Amauri diz acreditar na Agasp Brasil  por desempenhar  um importante  papel na defesa do povo garimpeiro e  na cobrança de ações que visam melhorar a mentalidade administrativa da cooperativa.

Esse sentimento de cobrança do povo garimpeiro sentido pela Agasp Brasil há algum tempo pouco tem produzido preocupações à parceria Coomigasp e Colossus. A Coomigasp que se preparou o tempo todo para os campos de batalhas não se preparou para o campo da alta gestão administrativa apesar de ter sido cobrada insistentemente pela Agasp Brasil para isto. Nos últimos tempos, Gesse Simão, presidente da Coomigasp, não tem aceitado sugestões neste sentido. Gesse considera que não deve aceitar pitacos mesmo daqueles que o ajudaram a eleger-se. O cabra tá de pescoço grosso.

 Já a Colossus, por seu turno, segue em completo silencio sepulcral achando que esse não é um problema seu. Na ultima quinta-feira a Agasp Brasil enviou um questionário de perguntas ao diretor da Coloussus, Darci Lindenmayer. Queremos saber mais sobre a Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, onde ela funciona, qual é o seu capital integralizado e quem são os seus diretores.  Perguntamos também porque a Colossus continua no processo  da parceria se quem é detentora da Portaria de Lavra é a SPE. Também perguntamos quando finalmente a SPE irá falar aos garimpeiros sobre de que forma irão receber as suas participações no empreendimento da mina de Serra Pelada e se já não está passando da hora de falar sobre esse assunto aos garimpeiros como forma de conscientizá-los para esse novo momento. Amanhã fará uma semana que pedimos respostas para oito perguntas básicas sugeridas pelo próprio povo garimpeiro. Continuamos aguardando, Senhor Darci Lindenmayer.


NEUTO PAULINO DESTACA A IMPORTANCIA DA AGASP.
O líder garimpeiro e diretor financeiro da Agasp Brasil Seccional do Pará, Neuto Paulino (ao lado de Toni Duarte), destacou como “de grande importância” a implantação de um Núcleo da Agasp na cidade de Curionópolis, o qual será inaugurado na próxima sexta-feira, dia 8. “A Agasp Brasil é a maior entidade representativa do povo garimpeiro de Serra Pelada, e, como tal, tem que ocupar o seu espaço no município formado por garimpeiros”, disse Neuto ao destacar o relevante papel social que a Entidade irá oferecer  aos seus associados na região. Ele explicou que a diretoria da Agasp Brasil Seccional do Pará comandada por Vitor Albarado, vai trabalhar com uma meta, até julho, de implantar cerca de 20 núcleos administrativos em cidades que tenham acima de 100 garimpeiros. “Temos que nos preparara para o grande Recadastramento Nacional dos Garimpeiros como fator importante e necessário para a formação de um grande banco de dados que será encaminhado pela Agasp Brasil  a Previdência Social para fins de aposentadoria”, apontou.

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