Justiça manda Fifa liberar documento que pode complicar Teixeira
Entidade tem 30 dias para divulgar papéis que, segundo a BBC, incriminam Ricardo Teixeira por pagamento de propina à ISL
A Suprema Corte suíça ordenou que a Fifa libere os documentos
referentes ao caso ISL, empresa de marketing esportivo parceira da
entidade nos anos 90 e que faliu no início da década de 2000. Há
suspeita de que importantes dirigentes tenham recebido propina referente
à negociação dos direitos de transmissão da Copa do Mundo e, segundo a
emissora britânica BBC, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de
Futebol) e do COL (Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014), Ricardo Teixeira, e o ex-presidente da Fifa, João Havelange, são beneficiários do dinheiro da empresa.
Saiba mais: Fifa adia divulgação de documento que implica Teixeira
A Fifa tem 30 dias para divulgar a documentação. O presidente da
entidade, o suíço Joseph Blatter, havia prometido revelar os papéis, que
apontariam os nomes dos envolvidos, em reunião do Comitê Executivo
realizada dia 17 de dezembro, mas uma ação judicial de parte interessada
(que não teve a identidade revelada) bloqueou a liberação.
Entenda: Teixeira foi obrigado a devolver dinheiro, diz BBC
Segundo a BBC, os envolvidos fizeram um acordo com a Justiça suíça no
início da década ao assumirem a culpa e pagaram uma multa de R$ 8,9
milhões para que os documentos não fossem revelados. Eles também
devolveram parte da verba adquirida de forma ilegal. Teixeira está de
licença da CBF e Blatter havia afirmado que ele também se ausentaria do
Comitê Executivo da Fifa, o que foi negado pela assessoria do dirigente
brasileiro.
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