15 de junho de 2012

Dois PMs acusados de tortura saem das ruas

atualizado em 15/06/2012

Ainda falta identificar outros dois policiais que teriam participado do crime
Dois PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro de São Carlos, no Estácio, serão afastados do patrulhamento das ruas enquanto durar o inquérito aberto pela Corregedoria da Polícia Militar para investigar denúncia de agressão feita por rapaz de 17 anos. O jovem prestou queixa na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), que abriu procedimento para apurar crime de tortura contra quatro policiais da UPP - dois ainda não foram identificados.
A PM informou que os acusados farão serviços administrativos enquanto a investigação estiver em curso e que só ontem recebeu informações sobre a denúncia feita pelo jovem à Polícia Civil. De acordo com a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Alerj), o rapaz teria admitido ser usuário de drogas e afirmou que foi agredido após os policiais encontrarem vestígios de maconha na sua casa.
O jovem fez exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) e diz ter sido agredido com socos, choques elétricos e até um saco na cabeça. Ele tinha um ferimento visível no pé esquerdo. O delegado que conduz o inquérito, Marcello Braga, disse ontem que não vai comentar o caso porque está sob sigilo.
Agentes da Dcav e peritos examinaram ontem a residência do rapaz no São Carlos. Ele e a mãe deixaram a comunidade e foram para a casa de parentes. A Comissão de Direitos Humanos da Alerj informou que eles não quiseram ir para um abrigo e que uma equipe vai pedir ao Conselho Estadual de Direitos Humanos proteção para a família.

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