28 de fevereiro de 2012

Comissão aprova Lei Geral da Copa, mas ainda votará bebida


Comissão aprova Lei Geral da Copa, mas ainda votará bebida

Vicente Seda, iG Rio de Janeiro 28/02/2012   











Temas contestados serão debatidos à parte nesta quarta e, para relator, liberação de álcool em estádios é assunto mais complexo


Foto: Getty Jérôme Valcke cobra aprovação da Lei Geral da Copa

A comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta terça-feira, em Brasília, o parecer do relator Vicente Cândido (PT-SP) para a Lei Geral da Copa do Mundo de 2014. A última versão fora protocolada na segunda-feira e a votação foi adiada no último dia 14 a pedido do relator. O texto ainda poderá ser modificado pelo relator antes de ir ao plenário da Câmara e ao Senado. A questão mais polêmica é a da liberação da bebida alcoólica nos estádios durante as Copas do Mundo e das Confederações.



Diversos deputados se mostraram contrários à liberação e representantes do Ministério Público entregaram ao presidente da comissão, deputado Renan Filho (PMDB-AL), um pedido para que a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios seja mantida durante a Copa. O tema, bem como as demais proposições, incluindo regras específicas para compra de ingressos por deficientes físicos, será votado em nova sessão marcada para 10h da manhã desta quarta-feira.



Renan Filho afirmou ao iG ser favorável à liberação das bebidas e crê que a comissão especial aprovará isso na sessão desta quarta. "A discussão foi boa, de forma tranquila, o relatório foi aprovado praticamente por unanimidade. Acredito que será liberada a bebida somente na Copa, o que na minha opinião é certo, já que o Brasil firmou acordos com a Fifa no sentido de que os patrocinadores poderiam vender seus produtos nas praças esportivas. A Copa do Mundo é um evento diferenciado, de segurança diferenciada, e não houve problemas com violência por conta disso em outras edições".
Cândido, por sua vez, disse ao iG que a questão da bebida é a mais complexa, mas ressaltou que trabalhará pela manutenção do texto. Do contrário, será "muito ruim" para a relação do governo com a Fifa. "O resto é tranquilo é a bebida. O complicado é a bebida, sempre gera muita paixão. Eu vou trabalhar para manter o texto, até porque há o compromisso com a Fifa. Seria muito ruim para a relação se essa questão da bebida não for aprovada", explicou.



Em suas considerações finais na sessão, o relator se mostrou favorável em relação à questão dos deficientes, levantada pelo deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), um dos poucos a orientar os partidários a, neste momento, votar contra o parecer. Em relação à bebida, Cândido foi evasivo: "Com relação aos deficientes, acho que merecem um tratamento diferenciado. Vamos trabalhar isso com carinho, podemos trabalhar essa redação antes que vá ao plenário. Sobre a bebida, o Brasil precisa tomar uma decisão, ou contra ou a favor. O dispositivo do Estatuto do Torcedor é dúbio. E o Congresso é o local ideal para fazermos isso".


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