10 de maio de 2013


QUADRILHA DERROTADA NA JUSTIÇA. JUIZA MANDA REALIZAR ASSEMBLEIA CONVOCADA PELO CONSELHO FISCAL MARCADA PARA ESTE DOMINGO

Escrito por ASCOM / ADEPAG Ligado .
imagesO império da corrupção está com seus dias contados. Daqui a exatos três dias (domingo), os milhares de garimpeiros convocados pelo Conselho Fiscal da Coomigasp  darão o “cartão vermelho” a uma quadrilha que nos últimos seis anos drenou pelo ralo da corrupção mais de 60 milhões de reais, segundo investigações  feitas pelo Ministério Publico do Estado do Pará. Agora chegou a hora de destituí-la e eleger uma “diretoria provisória” com a missão de convocar eleição para eleger uma nova diretoria administrativa. É isso que o povo quer.

Ontem,  foi o “DIA D ” tão esperado  pelo lado do “BEM” que envolve milhares de garimpeiros sócios da Coomigasp, como pelo grupo do “MAL” composto por apenas sete pessoas  que se aboletaram na cooperativa e diziam que ficaram lá até 2016. Não vão ficar não. A casa dos delinquentes e malfeitores desmoronou.
A decisão (Clic Aqui) da juíza Adriana Karla Diniz Gomes da Costa, proferida no meio da tarde desta quinta-feira,  feriu de morte a pretensiosa quadrilha que achava que o judiciário era a extensão de suas vontades fora da lei. Não é.
Se para os pangarés  a casa caiu, para a sociedade da Coomigasp a douta decisão da justiça,  foi motivo de alegria e festejada por centenas de garimpeiros que há duas semanas se encontram em Curionópolis esperando que lhes fossem assegurado o pleno direito de realizar a sua assembleia geral, neste domingo,  que irá decidir sobre os  rumos correto  de uma nova Coomigasp. A magistrada Adriana Karla  deu ao povo garimpeiro  o alento de que a Justiça está aí para cumprir a lei e assegurar o estado democrático de direito a quem  ela procura.
A queda de braço vencida ontem pelo povo garimpeiro e que levou ao chão, Valder e bando, iniciou em fevereiro do ano passado quando a sociedade organizada através da ADEPAG passou a exigir diretamente da Colossus, informações sobre o tamanho do deposito mineral já pesquisado na área dos 100 hectares onde se localiza a mina de Serra Pelada. Também os garimpeiros cobravam da diretoria da Coomigasp, maior transparência e honestidade no trato da administração da cooperativa.
Em julho do ano passado, o Ministério Público finalmente enxergou aquilo que os milhares de garimpeiros já vinham enxergando há muito tempo: denunciou o lamaçal da corrupção o qual levou ao afastamento judicial do chefe da quadrilha, Gesse Simão de Melo pela pratica de roubo de milhões de reais, dinheiro referente aos prêmios que os garimpeiros têm direito sobre a produção da mina de Serra Pelada.
Ainda no ano passado, a sociedade garimpeira organizada na ADEPAG, coletou mais de seis mil assinaturas para em seguida convocar  de acordo com o que preconiza o art. 34º, letra c, do Estatuto Social a assembleia geral do dia 14 de outubro. O resultado da assembleia foi pelo afastamento total da quadrilha.
Porém, mediante de uma inusitada e teratológica decisão da juíza Aline Salgado os corruptos pangarés foram mantidos restando à sociedade esperar por cinco penosos meses seguintes pela convocação da obrigatória  assembleia geral  ordinária do dia 24 de março. Foi o dia da vingança.
A sociedade garimpeira organizada em peso através da ADEPAG (Associação de Defesa do Patrimônio dos Garimpeiros Sócios da Coomigasp), não apenas elegeu um novo Conselho Fiscal comandado pelo líder garimpeiro Amarildo Gonçalves, derrotando nas urnas a “Chapa Quadrilheira” pela maioria esmagadora dos votos, como também rejeitou a prestação de contas eivadas de notas fiscais fraudulentas, apresentada por Valder e bando.
Cumprindo a prerrogativa de órgão fiscalizador, o novo Conselho Fiscal eleito mandou publicar o edital no Diário Oficial do Pará, convocando a assembleia geral a ser realizada neste domingo mediante o que estabelece o Estatuto Social da Coomigasp.
Como a prestação de contas apresentadas por Valder foi rejeitada pelos sócios, cabe ao presidente do Conselho Fiscal, Amarildo Gonçalves, convocar a sociedade para decidir se afasta ou se mantém a diretoria executiva comandada por Valdemar Pereira Falcão. Os fatos revelados por uma perícia judicial, confirmam que a prestação de contas apresentada por Valder perante a assembleia geral do dia 24 de março, está completamente cheia de vícios.
A diretoria de Valder tentou enganar o judiciário de Curionópolis se queixando que o Conselho Fiscal estava impedindo a diretoria dele de trabalhar. Os argumentos não surtiram efeitos e o pedido caiu por terra. Desde a posse do novo Conselho Fiscal que nenhum diretor aparece na cooperativa, além de ter orientado aos funcionários de também não comparecer ao trabalho, acarretando enormes prejuízos à sociedade.
O bando Valder ingressou na ultima segunda-feira no fórum de justiça de Curionopolis pedindo através de uma ação cautelar inominada que fosse concedido uma liminar impedindo a convocação da assembleia geral deste domingo. A juíza Adriana Karla Diníz Gomes da Costa negou o pedido por entender que a convocação da assembleia convocada pelo Conselho Fiscal é legal e que “não caracteriza pericuium in mora”.
PORTARIA DO CONSELHO FISCAL
Até ontem, nenhum diretor e nenhum funcionário compareceu na sede administrativa da Coomigasp para dar expediente. Por causa disso, o presidente do Conselho Fiscal, Amarildo Gonçalves tomou a decisão de baixar uma “Portaria” proibindo o recebimento de taxas de contribuições dos sócios no âmbito da cooperativa, em Curionópolis,  por falta da presença dos integrantes da Diretoria Executiva.
A continuar dessa forma, as taxas de contribuições poderão ser pagas a partir da próxima segunda-feira. Por outro lado, o presidente do Conselho Fiscal informou que só irá votar o sócio quites com as suas obrigações estatutárias. “É de fundamental importância que além da carteirinha de sócio, o garimpeiro apresente o ultimo comprovante de quitação”, orienta Amarildo.
PANGARÉS ABANDONADOS
Após a decisão da juíza a favor da realização da assembleia geral deste domingo e sentindo que não há mais saída, os rábulas advogados da cooperativa abandonaram a pangarezada na porta do fórum de Curionópolis na tarde de ontem. De acordo com o regimento interno do Poder Judiciário do Pará, somente advogados podem ter acesso a processos pedindo carga dos mesmos ou solicitando  cópias. No entanto quem se prestou a esse papel foi o funcionário da promotoria Alessandro Ribeiro. Ele entrou no cartório, pegou o processo na ausência da juíza Adriana Karla Diniz Gomes da Costa, tirou cópias e deu para Célio Sá. Nenhum funcionário do cartório interferiu.
FESTA NO GALPÃO COM DANIEL
O vice-presidente da ADEPAG, Daniel Carvalho, fez festa ontem dentro do galpão da Coomigasp, local em que vai ser realizada a assembleia geral do próximo domingo. “Finalmente o povo garimpeiro está sendo olhado pela justiça e nos assegura o direito de decidir em defesa daquilo que é nosso. Esse direito era realizar uma assembleia e ela será realizada na paz e na tranquilidade se Deus quiser”, disse o eufórico Daniel Carvalho.
A  OPINIÃO DE VITOR
“O povo garimpeiro precisava reacreditar que vale a pena ser honesto e que as leis existem e valem igualmente para todos. Acredito que não fará mal a ninguém identificar na Dra. Adriana como uma guardiã da lei e do bom direito”, disse por sua vez o presidente da ADEPAG, Vitor Albarado que se encontra em Belém onde mandou imprimir as cédulas de votação da assembleia deste domingo.
A DECISÃO QUE CUROU AIRTON
Airton Portilho que há mais de 15 dias se recupera de uma cirurgia onde retirou uma pedreira do ruim, mandou anunciar que a decisão da justiça proferida ontem pela juíza Adriana serviu como um verdadeiro milagre de todas as curas capaz de fazer levantá-lo da cama e arrumar as malas para se deslocar de Palmas rumo a Curionópolis. “É de lavar a alma ver a postura do judiciário de Curionopolis ao mostrar a toda sociedade garimpeira que a justiça existe igualmente para todos. Que a justiça continue assim para que a sociedade mude sua maneira de pensar e agir”, afirmou Portilho que celebrará a esperança do povo garimpeiro neste domingo ao lado de centenas de irmãos seus.

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