9 de março de 2012


Destroços do Titanic são mapeados de forma completa pela 1ª vez

Novo mapa deve ajudar pesquisadores a esclarecer naufrágio do transatlântico, que completa cem anos em abril

Pesquisadores criaram o que é considerado o primeiro mapa abrangente da área de 4,8 km por 8 km na qual estão espalhados os destroços do Titanic. A expectativa é a de que o mapeamento forneça novas informações sobre o que aconteceu há quase cem anos, quando o transatlântico bateu em um iceberg, naufragou no Oceano Atlântico e se tornou uma lenda.
Marcas no solo oceânico sugerem, por exemplo, que a popa (parte de trás do navio) rodou como uma hélice de avião durante o naufrágio, segundo disseram pesquisadores à Associated Press nesta semana. Antes, imaginava-se que a popa teria mergulhado em trajetória reta.
Foto: AP
Titanic deixa Southampton, na Inglaterra, dando início à viagem inaugural que seria a única do navio (10/04/1912)
Uma equipe de expedição usou imagens de sonda e cerca de 130 mil fotos tiradas por robôs submarinos para criar o mapa, que mostra o local no qual centenas de objetos e partes do navio caíram após colidir com o iceberg, em uma tragédia que deixou mais de 1,5 mil mortos.
Segundo ele, estudar o local com os mapas antigos era como tentar navegar em um quarto escuro com uma lanterna fraca. “Com o mapa sonar, é como se de repente tudo se iluminasse e você pudesse passar de cômodo a cômodo com uma lupa, documentando tudo”, afirmou. “Algo assim nunca tinha sido feito no local onde está o Titanic.”Exploradores do Titanic - que naufragou em sua viagem inaugural, que seria de Southampton, na Inglaterra, para Nova York, nos Estados Unidos – sabem há mais de 25 anos onde estão a proa (parte da frente) e a popa do navio. Mas mapas anteriores do solo ao redor dos destroços eram incompletos, de acordo com Parks Stephenson, historiador consultado durante a última expedição.
O mapeamento foi feito em 2010, durante uma expedição ao Titanic liderada pela RMS Titanic Inc., a dona legal dos destroços, em conjunto com o Instituto Oceanográfico Woods Hole, de Falmouth, em Massachusetts, e o Instituto Waitt, de La Jolla, na Califórnia.
Eles foram acompanhados por uma equipe da emissora History Channel e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica. Detalhes sobre as descobertas feitas ainda não foram revelados e serão contados em um documentário de duas horas que a rede exibirá em 15 de abril, exatamente cem anos após o naufrágio.


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