19 de março de 2012

DIRIGENTES DE ENTIDADES DE SERRA PELADA FAZEM PACTO DE UNIÃO EM PROTEÇÃO AOS PEQUENOS MINERADORES

 
Um pacto de união em defesa da sociedade garimpeira foi selado em Brasília entre os dirigentes da Agasp Brasil, Singasp e todos os demais presidentes de cooperativas do Distrito Mineiro de Serra. A decisão tomada em conjunto visa proteger os empreendimentos mineiros que ora se instalam na região, bem como a proteção dos direitos sociais e a participação das sociedades garimpeiras cooperativadas.
Além da Coomigasp, a Coomic também já conta com contrato de parceria para pesquisa e exploração de ouro em sua área, sendo que a Coomispe, Coompro, Coompag, Cooperserra, Cooperserrado e Coomase caminham na mesma direção. “A implantação da chamada política um por todos e todos por um visa fortalecer as cooperativas de mineração perante a grupos investidores que já possuem contratos de parcerias ou em fase de desenvolvimento de projetos de mineração, além de outros investidores  que ainda estão por vir, de olho no grande potencial do Distrito Mineiro de Serra Pelada”, explicou o presidente da Agasp Brasil, Toni Duarte.
A IDÉIA
A ideia foi absolvida por cada dirigente, já que o pacto entre as entidades não se trata de uma política de ingerências na relação comercial ou contratual dessa ou daquela cooperativa. “As cooperativas precisam mais se integrar entre elas com troca de informações e experiências, já que os interesses são os mesmos, porque as suas sociedades são as mesmas. Aquilo que é de interesse da sociedade da Coomigasp, é também de interesse da sociedade da Cutia e das outras cooperativas”, apontou o dirigente da Agasp Brasil.
Para Toni Duarte, o pacto de união entre dirigentes que defendem e respondem pelos interesses da  população societária garimpeira  de todo o Distrito Mineiro de Serra Pelada era o  que faltava para que o poder de reivindicações  das cooperativas e das entidades de apoio  se torne mais forte,  com capacidade  de inibir o poder dominador da  Vale, que especula com enormes quantidades de áreas requeridas na região.
A VISÃO DE RAIMUNDO BENIGNO
“Os garimpeiros de Serra Pelada não tem que se fixar apenas na única área dos 100 hectares da Coomigasp, onde se encontra a cava, cujo projeto de mineração mecanizada  está sendo desenvolvido. Faz-se necessário nos importarmos com as  outras áreas que as cooperativas, de uma maneira em geral, já detêm. Unidos poderemos  avançar  em busca de muito mais”, afirma Raimundo Benigno  ao destacar que é na base da união cooperada que está sendo  possível lograr êxito na aquisição de quase 10 mil hectares, antes controlados pela Vale, e que serão divididos em partes iguais entre  as oito cooperativas do Distrito Mineiro de Serra Pelada.
CONCORDÂNCIA DE GESSÉ
Gesse Simão, presidente da Coomigasp, concordou com o pacto da união por achar que os interesses dos garimpeiros de Serra Pelada vai a  muito mais além dos poucos hectares requeridos até o momento pelas oito cooperativas. “Antes achávamos que tudo poderia se encerrar em cima de apenas 100 hectares. Hoje a sociedade da Coomigasp, além dos 100, tem mais 823 hectares de área rica em minérios prontos a serem explorados. Isso aumenta a margem de ganho dos garimpeiros”, contabiliza Gesse.

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