DIRIGENTES DE ENTIDADES DE SERRA PELADA FAZEM PACTO DE UNIÃO EM PROTEÇÃO AOS PEQUENOS MINERADORES
Um
pacto de união em defesa da sociedade garimpeira foi selado em Brasília
entre os dirigentes da Agasp Brasil, Singasp e todos os demais
presidentes de cooperativas do Distrito Mineiro de Serra. A decisão
tomada em conjunto visa proteger os empreendimentos mineiros que ora se
instalam na região, bem como a proteção dos direitos sociais e a
participação das sociedades garimpeiras cooperativadas.
Além da Coomigasp, a Coomic também já
conta com contrato de parceria para pesquisa e exploração de ouro em sua
área, sendo que a Coomispe, Coompro, Coompag, Cooperserra,
Cooperserrado e Coomase caminham na mesma direção. “A implantação da
chamada política um por todos e todos por um visa fortalecer as
cooperativas de mineração perante a grupos investidores que já possuem
contratos de parcerias ou em fase de desenvolvimento de projetos de
mineração, além de outros investidores que ainda estão por vir, de olho
no grande potencial do Distrito Mineiro de Serra Pelada”, explicou o
presidente da Agasp Brasil, Toni Duarte.
A IDÉIA
A ideia foi absolvida por cada
dirigente, já que o pacto entre as entidades não se trata de uma
política de ingerências na relação comercial ou contratual dessa ou
daquela cooperativa. “As cooperativas precisam mais se integrar entre
elas com troca de informações e experiências, já que os interesses são
os mesmos, porque as suas sociedades são as mesmas. Aquilo que é de
interesse da sociedade da Coomigasp, é também de interesse da sociedade
da Cutia e das outras cooperativas”, apontou o dirigente da Agasp
Brasil.
Para Toni Duarte, o pacto de união entre
dirigentes que defendem e respondem pelos interesses da população
societária garimpeira de todo o Distrito Mineiro de Serra Pelada era o
que faltava para que o poder de reivindicações das cooperativas e das
entidades de apoio se torne mais forte, com capacidade de inibir o
poder dominador da Vale, que especula com enormes quantidades de áreas
requeridas na região.
A VISÃO DE RAIMUNDO BENIGNO
“Os garimpeiros de Serra Pelada não tem
que se fixar apenas na única área dos 100 hectares da Coomigasp, onde se
encontra a cava, cujo projeto de mineração mecanizada está sendo
desenvolvido. Faz-se necessário nos importarmos com as outras áreas que
as cooperativas, de uma maneira em geral, já detêm. Unidos poderemos
avançar em busca de muito mais”, afirma Raimundo Benigno ao destacar
que é na base da união cooperada que está sendo possível lograr êxito
na aquisição de quase 10 mil hectares, antes controlados pela Vale, e
que serão divididos em partes iguais entre as oito cooperativas do
Distrito Mineiro de Serra Pelada.
CONCORDÂNCIA DE GESSÉ
Gesse Simão, presidente da Coomigasp,
concordou com o pacto da união por achar que os interesses dos
garimpeiros de Serra Pelada vai a muito mais além dos poucos hectares
requeridos até o momento pelas oito cooperativas. “Antes achávamos que
tudo poderia se encerrar em cima de apenas 100 hectares. Hoje a
sociedade da Coomigasp, além dos 100, tem mais 823 hectares de área rica
em minérios prontos a serem explorados. Isso aumenta a margem de ganho
dos garimpeiros”, contabiliza Gesse.
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