Justiça determina que caminhoneiros retomem atividades
Liminar estabelece que sindicatos encerrem atividades que interrompem o abastecimento de combustível em São Paulo; em caso de descumprimento, multa será de R$ 1 milhão
A Justiça de São Paulo determinou nesta terça-feira que os caminhoneiros em greve
retomem o abastecimento da cidade de São Paulo. Liminar concedida pelo
juiz Emilio Migliano Neto, da 7ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de
Justiça de São Paulo, estabelece que os sindicatos acusados de promover
ações com o objetivo de impedir a distribuição de combustível em postos
da capital paulista retomem a normalidade dos serviços.
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Para o juiz, o “movimento paredista levado a efeito pelos integrantes
dos sindicatos requeridos está comprometendo o abastecimento de
combustíveis de veículos nos postos de distribuição, o que está gerando
uma insegurança no cidadão paulista, em especial o paulistano, inclusive
com a paralisação de serviços essenciais”.
A partir disso, Migliano Neto determinou que os sindicatos retomem as
atividades “imediatamente” e estabeleceu, caso haja descumprimento da
liminar, uma multa diária de R$ milhão para cada sindicato.
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A liminar foi pedida pela Prefeitura de São Paulo, por meio da
Procuradoria Geral do Município. No fim da tarde desta terça, o prefeito
Gilberto Kassab (PSD), afirmou em entrevista à TV Globo que “não
negocia com chantagistas” ao falar sobre a greve dos caminhoneiros
distribuidores de combustíveis na cidade.
O prefeito disse ainda que há “malandros” e “bandidos” ao se referir a
supostos ataques a caminhões que deixaram a base para tentar levar
combustível aos postos de gasolina.
Para garantir o abastecimento, a Polícia Militar (PM) de São Paulo
afirmou que realiza escoltas aos caminhões que distribuem combustível na
capital, mas explicou que muitos caminhoneiros estão optando por não
sair das bases por medo de sofrer represálias dos sindicatos.
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