Em dia de tensão, bolsas da Ásia operam em queda
Mercado asiático reage ao rebaixamento da nota dos Estados Unidos pela Standard & Poor’s; dia deve ser de volatilidade global
O recuo das bolsas de Hong Kong e Tóquio é um indício de que a segunda-feira será de tensão mundo afora. Na imprensa internacional, o noticiário traz temores sobre uma possível “segunda-feira negra”, em uma reedição do dia 19 de outubro de 1987, quando o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, sofreu uma queda de 22%.
Ainda na Ásia, a Bolsa da Coreia do Sul abriu em queda e encerrou o pregão com baixa de 3,82%, enquanto o índice S&P/ASX 200 INDEX, da Austrália, recuou 2,91%. No mercado futuro, o petróleo também operava em queda na Ásia.
Lideranças mobilizadas
Durante o fim de semana, as principais lideranças econômicas globais discutiram a situação do mercado, para evitar uma onda de contágio global. Os investidores aguardam o posicionamento do G7 (grupo das sete maiores economias do mundo) sobre a situação norte-americana. O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, neste domingo, a compra de títulos da Espanha e da Itália para evitar o contágio do mercado.
No encontro do G20, não houve pronunciamentos oficiais, mas o ministro das Finanças da Coreia do Sul, Choi Jong-Ku, disse que “sérias discussões” são mantidas, ao mesmo tempo em que reforçou, ao menos no discurso, a confiança do país na economia dos Estados Unidos.
Bolsas no mundo
A queda nos mercados acionários começou mais cedo, em bolsas de menor expressão.
No pregão de domingo, o primeiro dia útil em Israel, a bolsa de valores local fechou em forte baixa de 6,99%. Mais cedo, no início do pregão, a bolsa de Israel entrou em circuit braker (quando as operações são suspensas), ao abrir os negócios despencando 6,5%.
A Bolsa da Arábia Saudita, a primeira a operar após o rebaixamento dos EUA, na sexta-feira à noite, fechou o domingo praticamente estável, em leve alta de 0,08%. No sábado, o pregão pós-rebaixamento, o mercado local havia caído 5,4%.
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