Jovem suspeita de matar empresário em motel teria ficado grávida dele
Informação consta em depoimentos de ex-mulher e amigo da vítima. Acusada foi transferida para presídio
Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo
Verônica Verone deixa delegacia e vai para um presídio na zona oeste da capital
Segundo a Polícia Civil, um amigo de Fábio disse que ele teria lhe confidenciado que Verônica já esperou um filho do empresário mas não disse o período nem se ela fez um aborto . A jovem foi transferida nesta terça-feira (17) para a penitenciária Bangu 7, na zona oeste da capital. O crime ocorreu no último sábado (14).
Verônica afirmou que enforcou Fábio por legítima defesa alegando que o empresário tentou estuprá-la. Entretanto, em um outro depoimento, chegou a dizer que matou o amante devido a um acesso de raiva.
A polícia ainda apura as causas da morte de Fábio. Existe a suspeita que ele pode ter morrido por envenenamento. Uma perícia inicial indica que ele sofreu lesões no pescoço e na cabeça, sendo esta última provocada por ter sido empurrado.
Terceira pessoa
A polícia está apurando se uma terceira pessoa se envolveu no crime. A suspeita recai pelo fato de a jovem ter dito que arrastou o corpo do empresário do quarto até a garagem. A polícia, no entanto, desconfia desta versão porque a perícia não indicou isso.
Para os investigadores, isso pode ser um indício do envolvimento de outra pessoa já que Fábio pesava cerca de 90 kg e a jovem não teria condições de carregá-lo.
A polícia recebeu imagens do circuito interno de TV do motel. Algumas gravações mostram uma pessoa dirigindo o carro de Fábio, uma picape branca. Os agentes ainda não conseguiram identificar quem estava ao volante.
Em depoimento, a jovem afirmou ainda que, apesar do caso com o empresário, tinha um namorado. Ele deverá ser convocado a prestar depoimento.
Premeditação
Encarregada do caso, a delegada Juliana Rattes também investiga se o crime foi premeditado. Segundo relatos de parentes, Verônica vinha fazendo ameaças ao empresário dizendo que se ele não fosse dela, não seria de mais ninguém.
A jovem permanece presa na delegacia e deverá ser transferida hoje para uma carceragem da Polinter. A Justiça decretou a prisão temporária de Verônica pelo prazo de cinco dias.
A polícia ainda aguarda o laudo do IML (Instituto Médico Legal) para identificar a causa da morte do empresário, que deixou dois filhos.
Um advogado que acompanhou Verônica até a delegacia disse que a cliente tinha distúrbios psiquiátricos graves e que tomava dez medicações, algumas delas de uso controlado.
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