Saiba quem são os mais procurados pelo FBI após morte de Bin Laden
Veja as recompensas que o governo americano oferece pelos dez principais terroristas do mundo
Após a morte do fundador e líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden,
o FBI (polícia federal americana) atualizou sua lista de terroristas
mais procurados. O ranking era encabeçado por Bin Laden - e, agora, a
palavra "Falecido" consta no perfil do líder da organização extremista.
O egípcio Ayman Al-Zawahiri, tido como o braço-direito de Bin Laden na Al-Qaeda e possível novo líder da organização, poderá se tornar o principal alvo na lista de homens responsabilizados pelos Estados Unidos por atividades terroristas.
Conheça os dez mais procurados pelo FBI, listados de acordo com o
valor da recompensa oferecido por informações que levem às suas
capturas, e pela gravidade das acusações contra eles:
Ayman Al-Zawahiri
Considerado o "número dois da al-Qaeda" e braço direito de Osama bin
Laden, ele já estava na lista nos 22 terroristas mais procurados
anunciada pelo governo americano em 2001, e permanece no ranking. Um
prêmio de US$ 25 milhões (cerca de R$ 39 milhões) é oferecido por sua
captura - mesmo valor que era oferecido por Bin Laden.
Para alguns especialistas, o cirurgião oftalmologista egípcio é o
mentor ideológico da Al-Qaeda e o "cérebro operacional" dos ataques de
11 de Setembro de 2001. Ele é formalmente acusado pelos Estados Unidos
de participar dos ataques às embaixadas americanas em Dar es Salaam, na
Tanzânia, e em Nairóbi, Quênia, em 7 de agosto de 1998.
Entre 2003 e 2010, Zawahiri foi um dos porta-vozes mais proeminentes
da Al-Qaeda, aparecendo em 40 vídeos da organização. Ele foi visto pela
última vez na cidade de Khost, no Afeganistão, em 2001, e se escondeu
depois que o governo americano tirou o Taleban do poder.
Acredita-se que o médico egípcio esteja escondido nas regiões
montanhosas da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. No entanto,
há relatos de que sua esposa e filhos foram mortos em um ataque aéreo
americano em 2001.
Ayman Al-Zawahiri foi condenado à morte - à revelia, sem estar
presente no tribunal - por uma corte no Egito. A Justiça egípcia o
acusa por atos cometidos pelo grupo Jihad Islâmica Egípcia (EIJ, na
sigla em inglês), que ele fundou nos anos 1990.
Adnan G. El Shukrijumah
Segundo o FBI, Adnan G. El Shukrijumar, que morou nos Estados Unidos
por 15 anos, foi um dos líderes do "programa de operações externas" da
Al-Qaeda. Ele foi acusado nos Estados Unidos, em julho de 2010, de
participação em um plano para atacar alvos americanos e britânicos. Ele é
também suspeito de ter participado de planos para ataques da
organização no Panamá e na Noruega.
Um complô do qual Shukrijumah supostamente participava, para atacar o
sistema de metrô de Nova York, foi descoberto em setembro de 2009. O
esquema teria sido orquestrado por um líder da Al-Qaeda no Paquistão.
Adnan Shukrijumah nasceu na Arábia Saudita, e se mudou para os
Estados Unidos quando seu pai, um clérigo muçulmano, passou a trabalhar
em uma mesquita no bairro do Brooklyn, em Nova York. depois, eles se
mudaram para a Flórida. No final dos anos 90, ele se convenceu de que
deveria participar da jihad (guerra santa) e foi para campos de
treinamento no Paquistão.
O governo americano oferece US$ 5 milhões (cerca de R$ 8 milhões) por informações sobre seu paradeiro.
Fahd Mohammed Ahmed Al-Quso
O iemenita Fahd Al-Quso é acusado pela participação no atentado a
bomba contra o navio americano USS Cole, que matou 17 marinheiros em
2000, na cidade portuária de Aden, no Iêmen.
Em 2003, ele chegou a ser preso pelas autoridades locais, mas
escapou. Foi recapturado meses depois, mas saiu da prisão em 2007,
apesar dos protestos do governo americano. O prêmio para sua captura,
segundo o FBI, é de US$ 5 milhões (cerca de R$ 8 milhões).
Acredita-se que Al-Quso esteja no Iêmen, mas há relatos de que ele
pode ter sido morto em um ataque de aviões militares não-pilotados
americanos em setembro de 2010, no norte da região do Waziristão, no
Paquistão.
Jamel Ahmed Mohammed Ali Al-Badawi
Também é procurado pelo ataque do navio americano USS Cole, no Iêmen,
em 12 de outubro de 2000. Ele foi capturado pelas autoridades iemenitas
em abril de 2003 e em março de 2004, mas escapou ambas as vezes da
prisão. O prêmio pela captura do iemenita, que está foragido desde
fevereiro de 2006, é de US$ 5 milhões (cerca de R$8 milhões).
Abdullah Ahmed Abdullah
Egípcio, foi acusado de participação nos atentados a bomba contra as
embaixadas americanas de Dar es Salaam, na Tanzânia, e Nairóbi, no
Quênia, em 1998. O governo americano oferece uma recompensa de US$ 5
milhões (cerca de R$ 8 milhões) por sua captura ou informações sobre seu
paradeiro. Ele foi visto pela última vez saindo de Nairóbi, em avião,
com destino à cidade de Karachi, no Paquistão.
Mohammed Ali Hamadei, Ali Atwa e Hassan-Iz-Al-Idin
Os três homens, nascidos no Líbano, são procurados pela participação
no sequestro de um avião comercial da empresa americana TWA, em 14 de
junho de 1985. O ataque causou a morte de um mergulhador da marinha
americana.
Hamadei, Atwa e Iz-Al-Idin são supostos membros do grupo militante
xiita libanês Hezbollah, considerado pelos Estados Unidos como uma
"organização terrorista". O governo americano oferece US$ 5 milhões por
informações sobre cada um dos homens.
Saif Al-Adel
Saif Al-Adel é o nome utilizado pelo ex-tenente-coronel do exército
egípcio Muhamad Ibrahim Makkawi. Ele viajou para o Afeganistão nos anos
1980 para lutar contra as forças soviéticas, que ocupavam o país, ao
lado dos chamados mujahedin (soldados sagrados, em árabe).
Em 1987, o Egito o acusou de tentar estabelecer no país um braço
militar do grupo extremista islâmico Al-Jihad, e de tentar derrubar o
governo. Adel foi o chefe de segurança de Osama bin Laden, e chegou a
assumir diversas funções do comandante militar da Al-Qaeda, Mohammed
Atef, depois de sua morte em um ataque aéreo americano em 2001.
Ele também é suspeito de participação dos ataques a embaixadas
americanas no leste da África; de treinar os somalis que mataram 18
funcionários americanos na capital da Somália, Mogadishu, em 1993; e de
dar instruções a alguns dos 11 sequestradores que participaram do 11 de
setembro de 2011.
Depois da invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos, acredita-se
que Adel tenha ido para o Irã com Saad Bin Laden, um dos filhos do líder
da Al-Qaeda. Eles teriam sido presos e mantidos sob vigilância da
Guarda Revolucionária do Irã, mas o país jamais admitiu sua presença em
seu solo. De acordo com informações do FBI, Adel pode ter sido solto e
viajado para o norte do Paquistão. O prêmio por informações que levem à
sua captura é de US$ 5 milhões.
Adam Yahiye Gadahn
Adam Gadahn, um cidadão americano que vivia na Califórnia, se
destacou como propagandista da Al-Qaeda depois de aparecer em diversos
vídeos da organização. Depois de se converter ao islamismo na
adolescência, Gadahn se mudou para o Paquistão em 1998 e casou-se com
uma refugiada afegã.
Lá, tornou-se tradutor da Al-Qaeda e se associou ao comandante
militar de campo da organização, Abu Zubaydah. Em 2004, o departamento
de Justiça americano nomeou-o como um dos sete membros da Al-Qaeda que
planejavam ataques iminentes nos Estados Unidos. Pouco depois, ele
apareceu em um vídeo defendendo a organização, em que se identificava
como "Azzam, o americano".
Em setembro de 2006, ele apareceu em um vídeo com Ayman al-Zawahiri e
pediu aos cidadãos americanos que se convertessem ao islamismo e
apoiassem a Al-Qaeda. No mesmo ano, ele se tornou o primeiro cidadão
americano a ser acusado de traição desde a Segunda Guerra Mundial. O
documento da acusação dizia que ele "aderiu conscientemente a um inimigo
dos Estados Unidos...com intenção de trair os Estados Unidos."
O governo americano oferece US$1 milhão (R$ 1,5 milhão) por
informações sobre Gadahn ou sua captura, mas analistas dizem que ele não
tem significado operacional ou ideológico na Al-Qaeda.
Com BBC
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