12 de abril de 2013

PAU QUEBROU DENTRO DO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. VITOR E AMARILDO DESMASCARAM GOLPE DA COLOSSUS PARA ABOCANHAR A ÁREA DOS 700 HECTARES.
Escrito por CENTRAL DE NOTICIAS/COOMIC Ligado .
A reunião ocorrida na tarde de ontem no Ministério de Minas e Energia, revelou o quanto uma empresa estrangeira, no caso a canadense Colossus Mineral Inc, tem a ousadia de enganar, tapear, ludibriar e de roubar não apenas os milhares de pobres garimpeiros, donos legítimos da mina de Serra Pelada, mas o próprio governo.

AMARILDO E VITOR EM BRASILIAAntes mesmo de iniciar a reunião, no gabinete da Secretaria de Geologia e Transformação Mineral, que fica no quarto andar do Ministério de Minas e Energia, em Brasília, uma imposição do secretario Carlos Nogueira, a pedido do gringo Cláudio Mancuso, presidente da Colossus, estava estabelecida: a de não permitir a participação na reunião, do líder garimpeiro e presidente da Associação de Defesa do Patrimônio dos Garimpeiros Sócios da Coomigasp, Vitor Albarado.
A estabanada medida foi à gota d’água para que a chapa esquentasse para o lado do secretário deCARLAO Geologia e Transformação Mineral, Carlos Nogueira da Costa Junior, vulgo “Carlão” (foto), que ouviu o que não desejaria ouvir, principalmente de um homem simples do povo que lidera uma legião de garimpeiros de Serra Pelada determinados a lutar a qualquer custo pelo que é seu.
“Fique certo o senhor que a mina de Serra Pelada é dos garimpeiros e não da Colossus. Ou participarei da reunião, ou nós garimpeiros, iremos nos retirar e reclamar agora mesmo do seu comportamento ao ministro Edison Lobão que nunca se recusou em nos ouvir ”, disse Albarado.
Por seu lado, o presidente do Conselho Fiscal, Amarildo Gonçalves foi mais duro ainda. Não somos um saco de idiotas para sermos tratados dessa forma desrespeitosa. O companheiro Vitor Albarado vai ter, sim, que participar da reunião sob pena da gente acreditar que esse encontro trata-se de um circo armado pela Colossus dentro do próprio Ministério de Minas e Energia para conseguir o que quer. Neste caso, nós nos recusamos de participar disso”, explodiu Amarildo.
O choque foi tão grande, tão grande, que o próprio secretario Carlos Nogueira refletiu melhor sobre a boa maneira do “parar para acertar”. A mesa foi composta da seguinte forma.
Presentes a reunião pelo lado da Colossus, estavam: o gringo Claudio Mancuso, presidente da empresa canadense, o advogado da empresa, Daniel Vilas Boas e a secretária e interprete de Mancuso, conhecida pelos garimpeiros como “Rosana cabelo de fogo”.
Do lado da Coomigasp, estavam presentes Valder Falcão, dois rábulas advogados da cooperativa, o novo presidente do Conselho Fiscal, Amarildo Gonçalves e o presidente da ADEPAG, Vitor Albarado, além do advogado da entidade, Rodrigo Oscar Melo.
Já a Vele S/A estava sendo representada pelo seu gerente geral, o engenheiro Fernando Grecco.
O que estava em cima da mesa do secretário de Geologia para ser esclarecidas, eram as graves denúncias feitas ao longo do tempo por entidades e várias outras lideranças garimpeiras contra o processo usurpador da Colossus que já havia passado a perna na participação dos garimpeiros sobre a mina de Serra Pelada e, que, agora, estava tramando para golpear os garimpeiros no caso da rica área dos 700 hectares anuídos pela Vale em 2010 para a Coomigasp.
Foi o ministro Edison Lobão que pediu ao secretário de Geologia e Transformação Mineral, Carlos Nogueira a ouvir todo mundo e remeter o relatório final a ele no sentido de tomar as providências. Lobão tem reiterado seguidas vezes de que a área é dos garimpeiros de Serra Pelada e que vai permanecer sendo da cooperativa. "Dos garimpeiros ninguém toma", disse isso ao próprio Fernando Grecco, horas antes de iniciar a reunião comanda pelo secretário Carlos Nogueira.
ENTENDA O CASO:
Em janeiro de 2010, agindo na surdina e por debaixo dos panos sem que a cooperativa soubesse e muito menos o próprio Ministério de Minas e Energia, Augusto Kishida, um dos diretores da Colossus, abriu um canal de negociação com Fernando Grecco, gerente geral da Vale, para obter a área de 700 hectares que está ligada ao processo DNPM 813.687/1969, pertencente aos garimpeiros da Coomigasp.
A trama foi descoberta na época pelo então secretário de Geologia e Transformação Mineral, Claudio Scliar. Ao ser informado da manobra, o ministro Edison Lobão mandou chamar a Vale e solicitou dela que a área fosse repassada diretamente à Coomigasp e não à Colossus.
Em 2010 o presidente da cooperativa já era Gesse Simão. Em Belo Horizonte, a Coomigasp celebrou com a Vale S/A um “Contrato para Avaliação de Área e Realização de Trabalhos de Pesquisas Mineral e Opção de Aquisição Parcial de Direito Mineral” intitulado como ‘CONTRATO VALE” . Esse documento nunca chegou ao conhecimentos dos sócios da cooperativa e andava guardado dentro da pasta preta do escroque e canalha advogado Jairo Leite.
Jairo e Gesse, às escondidas, e sem qualquer permissão da sociedade garimpeira da Coomigasp, resolveram ceder à Colossus, o CONTRATO VALE em acordo assinado no dia 17 de março de 2010, intitulado como “Contrato de Cessão”. Pela maracutaia, Jairo e Gesse meteram no bolso 8 milhões de reais.
O dinheiro nunca passou pela contabilidade da cooperativa. Além da assinatura de Gesse, o contrato também leva a assinatura de Marcos Antonio Rodrigues Prado, vulgo Poliplaca, atual diretor financeiro da Coomigasp.
A partir daí, a Colossus considera que a parceria celebrado lá em 2007 com a área dos 100 hectares foi ampliada para abranger também trabalhos de pesquisas mineral sobre a área dos 700 hectares denominada pelo gringos como “Área B”.
A descoberta de toda essa trama entre Colossus, Jairo, Gesse, Poliplaca e por último Valder, transformou-se na principal bandeira de luta do “Movimento para Passar a Coomigasp a Limpo” surgido em fevereiro do ano passado.
O assunto sobre o repasse da área dos 700 hectares para a Colossus nunca foi debatido em assembleia geral dos garimpeiros, embora Jairo Leite em conluio com Gesse e Poliplaca tenham mandado publicar uma Ata na Junta Comercial de Belém na qual foi embutido o famigerado acordo como se a sociedade tivesse decidido dessa forma.
A retomada das áreas dos 700 e dos 123 hectares que se encontram em poder da Colossus, tem sido uma das bandeiras de lutas de Vitor Albarado, caso se torne presidente da Coomigasp, luta que vem travando contra a empresa canadense, desde outubro do ano passado.
A REUNIÃO DE ONTEM
imagesDurante a reunião de ontem, Claudio Mancuso (foto), na maior cara de pau, chegou a informar ao secretário Carlos Nogueira, de que as pesquisas realizadas pela Colossus na citada área dos 700 hectares, não encontrou nenhuma migalha de ouro e, que por tanto, qualquer projeto na área era inviável. Afirmou ainda que havia enviado todos os relatórios a Ribamar Lima, diretor de Produção da Coomigasp em janeiro desse ano. O pendraive contendo essas informações, Ribamar Lima teria botado fora.
“Veja só senhores. Se a Colossus sustenta de que na área dos 700 hectares não foi encontrado absolutamente nada durante as pesquisas de sondagens que realizou ilegalmente nos últimos dois anos, Então, porque o senhor Mancuso procurou o senhor Fernando Grecco, para celebrar um contrato direto entre a Colossus e a Vale, de uma área que hoje pertence aos garimpeiros da Coomigasp?”
O questionamento feito por Vitor Albarado deixou em saia justa Claudio Mancuso e o seu advogado Daniel Vilas Boas que saiu com o precário argumento de que a Coomigasp não teria cumprido o que impõe as clausulas do “Contrato para Avaliação de Área e Realização de Trabalhos de Pesquisas Mineral e Opção de Aquisição Parcial de Direito Mineral” intitulado como ‘CONTRATO VALE”, assinado entre Gesse e Fernando Grecco no ano de 2010.
O rebate veio na hora por Amarildo Gonçalves: “Se não cumpriu, então que fazia as sondas contratadas pela Colossus realizando furos na área dos 700 hectares e enviando relatórios trimestrais a Vale S/A? , questionou o presidente do Conselho Fiscal da cooperativa.
Amarildo Gonçalves chamou a atenção do secretário de Geologia Carlos Nogueira, pelas evidências de uma sórdida trama feita pela Colossus na tentativa de abocanhar a rica área dos 700 hectares e que a Vale estava alimentando o golpe.
Para Amarildo, a Colossus mandou um relatório de pesquisas para a cooperativa afirmando que não foi encontrado absolutamente nada na área. “Já para a Vale S/A, a empresa canadense enviou o relatório correto com um grande teor de ouro a ponto de celebrar um contrato direto com a mineradora, fato publicado pelo site da própria Colossus. Isso é uma sacanagem que o Ministério de Minas e Energia terá que ir a fundo”, exigiu o presidente do Conselho Fiscal da Coomigasp.
Ao final da reunião, o presidente do Conselho Fiscal da Coomigasp, Amarildo Gonçalves e o presidente da ADEPAG, Vitor Albarado fizeram questão de deixar claro ao secretário de Geologia e Transformação Mineral, Carlos Nogueira, que a Colossus se tornou para os milhares de garimpeiros de Serra Pelada uma empresa inidônea e que não dar mais para confiar.
Pediram ainda que o Ministério de Minas e Energia resolvesse a questão mantendo a área dos 700 hectares, conforme foi dada pelo ministro Lobão aos garimpeiros, sob pena de a Colossus não ficar nem com os 100 hectares onde está sendo implantada há mais de seis anos, a mina que nunca é concluída de Serra Pelada. “Estamos diante de um casamento sem futuro”, profetizou Albarado.
O secretario prometeu realizar mais uma audiência com todas as partes e levar o assunto final para o ministro Edison Lobão, resolver.
O PANGARÉ ENTROU CALADO E SAI MUDO DA REUNIÃO
pangareQuem participou da reunião de ontem ocorrida no quarto andar do Ministério de Minas e Energia estava diante de um presidente de cooperativa despreparado e incompetente para defender o interesse dos milhares de sócios da Coomigasp.
O tempo todo de cabeça baixa, Valder Falcão pouco falou ou dirigiu a palavra seja para o secretario Carlos Nogueira, seja para o maior algoz dos garimpeiros, o gringo canadense Claudio Mancuso. Embora participando da reunião sobre um tema muito importante o presidente impostor da cooperativa não sabia de nada sobre contratos ou outros documentos relacionado a área dos 700 hectares.
Disse apenas que não tomou conhecimento de nenhum relatório sobre as pesquisas que Mancuso sustenta ter enviado à Coomigasp, o qual foi recebido pelo diretor de produção Rimar Lima. “Vai ver que ele perdeu”, foi tudo o que respondeu. Será?
A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: Qual foi mesmo o papel desempenhado por Célio Sá, vulgo “papagaio de pirata” que se diz assessor de Valder, durante a reunião ocorrida ontem no Ministério de Minas e Energia? Reposta: apenas o papel de “papagaio de pirata”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário