26 de janeiro de 2011

Chefe de Polícia Civil anuncia que vai montar base operacional no Camelódromo

Polícia Civil e Receita Federal fazem operação de fiscalização no Camelódromo da Rua Uruguaiana no Centro do Rio.

RIO - O chefe de Polícia Civil, delegado Alan Turnowsky, anunciou nesta quarta-feira que vai montar uma base operacional na Rua Uruguaiana com equipes da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM). O objetivo é checar a chegada de mercadorias piratas ao camelódromo. O prefeito Eduardo Paes já afirmou que vai ceder um espaço para a polícia no local, além de cassar a licença do proprietário do boxe quando a delegacia identificar a venda de produtos pirata.

- O objetivo da operação de hoje foi iniciar um projeto piloto para cumprir um compromisso assumido pelo Rio de Janeiro de combate à pirataria nos grandes eventos- disse Alan Turnowsky, se referindo a realização da Copa do Mundo e à Olimpíadas.
Polícia Civil e Receita fiscalizam camelódromo da Uruguaiana - Custodio Coimbra/ O GloboCerca de 150 policiais civis da DRCPIM (Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial), 40 fiscais da Receita Federal e quatro associações de combate à pirataria fazem, nesta quarta-feira, a megaoperação Ilegal nunca mais no camelódromo da Rua Uruguaiana, no Centro do Rio. É a maior já realizada no Brasil contra a pirataria. A operação, que está fiscalizando cada um dos 1.508 boxes, segundo a delegada titular, Valéria de Aragão, deve durar três dias. A estimativa é que sejam apreendidos R$ 20 milhões em produtos piratas. o
De acordo com a delegada, em alguns boxes há mercadorias avaliadas em mais de R$ 1 milhão, no caso de equipamentos eletrônicos e de informática. Nesta quarta, policiais devem abrir boxes até a noite e depois equipes ficarão de plantão para que o trabalho continue na quinta-feira e na sexta. Representantes das marcas Motorola, Nike, Rayban, Nokia e Oakley entraram com pedido de busca e apreensão de mercadorias falsificadas de suas marcas. Outras falsificações de marcas famosas também foram recolhidas por policiais e pela Receita Federal.
A delegada titular da DRCPIM, Valéria Aragão, estima que sejam necessários três dias para abrir todos os boxes. Segundo ela, policiais se infiltraram no camelódromo durante sete meses e fizeram o levantamento da região. Ela explicou que donos de barracas no local vendem seus estandes informalmente e cobram de R$ 20 mil a R$ 80 mil. Em alguns casos, comerciantes são proprietários de até dez barracas dentro do camelódromo. Essas pessoas, segundo a delegada, terão a licença cassada pela prefeitura.
Ainda de acordo com a delegada, a pirataria ao redor do mundo lucra duas vezes mais que o narcotráfico. Ela acrescentou que a venda de produtos piratas movimenta US$ 600 bilhões. No Brasil, segundo ela, a venda de produtos piratas é responsável pela sonegação de R$ 30 milhões por ano e pela retirada de 2 milhões de empregos do mercado de trabalho.
O camelódromo foi lacrado às 6h, e pouquíssimos boxes chegaram a abrir. Membros das associações de combate à pirataria, identificados com camisas vermelhas, estão ajudando a impedir que os comerciantes fujam com as mercadorias. Três caminhões e duas vans da Receita foram usados na operação.

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