11 de janeiro de 2011

Chuva causa deslizamentos e seis mortes na Grande SP

Mãe e filha morrem soterradas no Tremembé; em Mauá, cinco casas são levadas pela água
Leonardo Soares/Agência Estado 
Leonardo Soares/Agência Estado
Ponto de alagamento no viaduto Antártica, no bairro da Barra Funda,
zona oeste de São Paulo

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A forte chuva que atingiu a Grande São Paulo na madrugada desta terça-feira (11) matou seis pessoas e causou uma série de desabamentos. Na capital, mãe e filha morreram soterradas por volta da meia-noite na região do Tremembé, zona norte. A casa onde moravam desabou por conta da forte chuva. O Corpo de Bombeiros foi acionado e enviou viaturas ao local. Cláudia Barros Fernandes, de 38 anos e Emanuela Barros Fernandes, de 8, chegaram a ser socorridas, mas morreram a caminho do hospital.
Às 6h, a Defesa Civil do Tremembé estava na região e planejava interditar aproximadamente dez residências consideradas em situação de risco.

Na rua Nilton Machado de Barros, em Embu, região da Grande São Paulo, um senhor morreu e um jovem foi socorrido com ferimentos graves depois que um deslizamento de terra atingiu a casa onde moravam por volta das 0h30. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu chegar a tempo de resgatar o jovem com vida. Luiz Henrique do Nascimento Melo, 16 anos, foi encaminhado ao pronto-socorro do Hospital Campo Limpo. O corpo do senhor Amaro do Nascimento, 76 anos, foi encontrado com o auxílio de cães farejadores.
A Defesa Civil de Embu avaliou o local e interditou sete casas nas proximidades do acidente. Os moradores foram transferidos para casas de parentes. "Trata-se de uma área de risco já mapeada pela prefeitura de Embu", declarou Paulo Brandão, coordenador da Defesa Civil. "Os moradores daqui têm sido avisados constantemente, desde 2005".
Todas as famílias removidas serão registradas e aguardarão o resultado das novas avaliações, a serem retomadas nesta terça-feira, quando o dia clarear.
Outras cinco ocorrências de desabamento foram registradas no município de Mauá, na região metropolitana. De acordo com os bombeiros da região, duas delas não registraram vítimas; as demais, resultaram em três mortes e dois feridos.
Estado de atenção
Logo após o início da forte chuva, às 22h14 de segunda-feira (10), o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) colocou toda a capital em estado de atenção, que se prolongou pela madrugada desta terça-feira.  O córrego Cabuçu de Baixo, o rio Tietê, o rio Pinheiros e o córrego Jaguaré transbordaram.
Na zona norte, região mais afetada pela chuva, pessoas estavam ilhadas de um ônibus que trafegava na avenida Miguel Conejo, Vila Albertina. Duas viaturas dos bombeiros atenderam ao chamado em torno das 23h.
Na rua Francisco Ventura, na região da Vila Paulistana, pessoas estavam ilhadas dentro de residências desde as 22h45, e uma viatura dos bombeiros providenciou o socorro das vítimas. Na região central de São Paulo, motoristas informaram que o túnel Anhangabaú estava completamente intransitável e que pessoas estavam ilhadas dentro dos veículos.
Instabilidade continua
Ainda chove em toda a cidade, e a persistência das chuvas pode causar mais alagamentos intransitáveis e transbordamentos de rios e córregos.
O tempo não muda muito ao longo da semana e segue abafado com sol entre nuvens na capital paulista. Os termômetros oscilam entre mínimas de 19ºC e máximas de 29ºC. As chuvas continuam ocorrendo na forma de pancadas, principalmente no final das tardes.

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