Poeira e sujeira ameaçam saúde da população de Nova Friburgo
Depois de seca a lama, carros e caminhões levantam poeira que pode causar problemas respiratórios nos habitantes da cidade serrana
Foto: Wilson Dias/ABr
“É provável que tenhamos mais casos de doenças respiratórias e de pessoas com ferimentos infeccionados”, acrescentou Antonio Fabiano Chicres da Costa, diretor do único hospital público da cidade, o Raul Sertã.
Foto: Wilson Dias
Nuvem de poeira toma conta das ruas do município de Nova Friburgo
Mesmo assim, o hospital está trabalhando de forma parcial. “Conseguimos manter o hospital em funcionamento, apesar da enchente, mas precisaremos de 30 a 60 dias para voltar a atender a população, principalmente aqueles pacientes com problemas crônicos, que estão sendo transferidos para a cidade do Rio de Janeiro”, disse a secretária Jamila.
De acordo com Chicres da Costa, o hospital está precisando de especialistas nas áreas de clínica geral, pediatria e enfermagem. “Alguns dos nossos funcionários tiveram suas casas danificadas e não estão podendo vir. Outros decidiram suspender o vínculo com o hospital”, lamentou o diretor. Ele afirmou que já manteve contato com o Ministério da Saúde, que prometeu enviar profissionais para o município.
Antes da enxurrada, a cidade contava com três hospitais: um público e dois privados. Desses, um está fechado. O posto de saúde do município teve sua estrutura condenada pela Defesa Civil.
A secretária Jamila disse que não é possível definir no momento o montante que precisará ser gasto para recuperar a estrutura da área de saúde do município, já que o levantamento sobre os prejuízos ainda não foi concluído. Até agora, informou ela, o setor de saúde do município recebeu cerca de R$ 9 milhões em caráter emergencial dos governo estadual e federal.
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